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É
dever do tsadic interceder em beneficio de seu povo e pedir perdão
por eles. O Talmud critica Nôach, que foi informado da aproximação
do Dilúvio e aconselhado a salvar-se, juntamente com sua família.
Não há menção de Nôach rezando em favor
de sua geração, e portanto o Profeta refere-se ao Dilúvio
como "as águas de Nôach" (Yeshayáhu 54:9),
como se a Nôach coubesse parte da responsabilidade.
O Patriarca Avraham intercedeu para salvar Sodoma, mas buscou o perdão
sob a condição de que houvesse suficientes pessoas justas,
e que pela virtude dessas pessoas D’us poupasse toda a cidade (Bereshit
18:24). Esta atitude não foi bem-sucedida.
Moshê não impôs condições. Os israelitas
pecaram gravemente, e Moshê implorou perdão para eles sem
tentar encontrar quaisquer méritos: perdão incondicional.
De fato, se o perdão fosse impossível, Moshê disse
que não desejava sobreviver (Shemot 32:32).
A Torá nos relata que o comportamento de Avraham foi superior ao
de Nôach, e que Moshê foi melhor que Avraham. Moshê
é chamado "Rabêinu", nosso mestre, a quem devemos
imitar não apenas rezando pelo perdão, mas também
perdoando aqueles que nos ofenderam – incondicionalmente.
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