Moshê, nosso mestre

indice
     
5.12.2003 - 10 de Kislêv de 5764
     
 

É dever do tsadic interceder em beneficio de seu povo e pedir perdão por eles. O Talmud critica Nôach, que foi informado da aproximação do Dilúvio e aconselhado a salvar-se, juntamente com sua família. Não há menção de Nôach rezando em favor de sua geração, e portanto o Profeta refere-se ao Dilúvio como "as águas de Nôach" (Yeshayáhu 54:9), como se a Nôach coubesse parte da responsabilidade.

O Patriarca Avraham intercedeu para salvar Sodoma, mas buscou o perdão sob a condição de que houvesse suficientes pessoas justas, e que pela virtude dessas pessoas D’us poupasse toda a cidade (Bereshit 18:24). Esta atitude não foi bem-sucedida.

Moshê não impôs condições. Os israelitas pecaram gravemente, e Moshê implorou perdão para eles sem tentar encontrar quaisquer méritos: perdão incondicional. De fato, se o perdão fosse impossível, Moshê disse que não desejava sobreviver (Shemot 32:32).

A Torá nos relata que o comportamento de Avraham foi superior ao de Nôach, e que Moshê foi melhor que Avraham. Moshê é chamado "Rabêinu", nosso mestre, a quem devemos imitar não apenas rezando pelo perdão, mas também perdoando aqueles que nos ofenderam – incondicionalmente.

     
 
top