Só mais um dia

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17.10.2003 - 21 de Tishrê de 5764
     
 

O Talmud declara que se alguém celebra o dia seguinte ao Feriado com uma refeição festiva, é considerado como se ele tivesse construído um altar e feito oferendas de sacrifício sobre ele (Sucá 45b).

Rashi declara que o motivo para o oitavo dia, Shemini Atsêret, pode ser explicado com a parábola de um rei que convidou seus filhos para vários dias de festim. Quando chega a hora de partirem, o rei diz: "Sua partida é difícil para mim. Por favor, fiquem comigo mais um dia"(Rashi, Vayicrá 23:36). Similarmente, após sete dias de Sucot, em Seu grande amor por Israel, D’us nos pede para ficarmos com Ele mais um dia antes de voltarmos a nossas atividades mundanas, algo que com freqüência nos distrai d’Ele.

Para indicar que prezamos nossa proximidade com D’us assim como Ele o faz, acrescentamos um dia de festividades depois do último dia da Festa, para estender ainda mais o companheirismo com D’us. Este testemunho, de que valorizamos nossa intimidade com Ele e deixamos o Santuário somente porque devemos cuidar de nossas obrigações, é considerado como equivalente a construir um altar e levar oferendas votivas.

De fato, D’us deseja que nos envolvamos no trabalho – Seis dias trabalharás (Shemot 20:9) – mas nossa atitude para com a semana de trabalho deveria ser de alguém que está distante do lar cumprindo uma incumbência, e que anseia por voltar para casa, para seus entes queridos. A importância de nossa proximidade com D’us deveria se manifestar não apenas no dia seguinte à Festa, mas também durante o ano inteiro.

     
 
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