Sinceridade

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03.10.2003 - 7 de Tishrê de 5764
     
 

Pouco antes de Neilá ( serviço de encerramento em Yom Kipur), um dos Mestres Chassídicos subiu à bimá (plataforma) e disse chorosamente: "Meus queridos irmãos e irmãs! D’us, em Sua infinita misericórdia, nos deu todo o mês de Elul para o arrependimento, mas deixamos de aproveitá-lo. Ele nos concedeu os maravilhosos dias de Rosh Hashaná, quando o fato de ficarmos em julgamento perante o Tribunal Celestial deveria ter nos estimulado ao arrependimento, mas negligen-ciamos aquela oportunidade. Ele nos deu a graça especial dos Dez Dias de Penitência, mas também deixamos que estes passassem. Tudo que nos resta agora são uns poucos momentos preciosos que são propícios ao perdão.

"Os Sábios do Talmud nos dizem que se alguém entra num contrato de casamento sob a condição de ser um perfeito tsadic, então está comprometido, mesmo que seja conhecido como um completo rashá (perverso). Por quê? Porque talvez ele tenha tido um momento de sincera contrição, que o transformou de completo rashá em perfeito tsadic.

"Ouviram, queridos irmãos e irmãs? Tudo que se precisa é um breve momento de sincera contrição! Temos a oportunidade daquele momento, agora. Em um único momento podemos emergir totalmente purificados de todas as nossas transgressões, num estado de perfeição similar àquele de Adam no Jardim do Éden."

O Rabi soluçava incontrolavelmente. "Seremos tão tolos a ponto de desperdiçar esta rara oportunidade? Ajudemos uns aos outros, vamos nos unir para conseguirmos o arrependimento sincero!"

     
 
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