|
Em
todas as obras éticas da Torá, a vaidade é condenada
como o pior dos defeitos, independentemente de como a pessoa possa sentir-se
justificada em seu orgulho. A humildade, por outro lado, é exaltada
como a mais bela das características, mesmo numa pessoa que objetivamente
nada tem de que se orgulhar. Um tsadic declarou que amava os pobres ignorantes,
porque embora pudessem ser humildes somente por causa de sua ignorância
e pobreza, são mais virtuosos que alguém com fortuna e conhecimento,
que se considera elevado.
O Rabi de Apt certa vez visitou uma cidade, e foi convidado a se hospedar
em um de dois lugares. O primeiro era a casa de um homem muito rico e
frum (piedoso) famoso por sua vaidade, e que desejava gabar-se de ter
recebido o Rabi de Apt. O outro era a casa de uma pessoa de meios modestos,
cujas instalações não eram tão confortáveis,
e que além disso era considerado pela comunidade como não
sendo totalmente observante. Para surpresa de todos, ele escolheu o último.
O Rabi declarou: "D’us diz: ‘Eu repousarei entre eles
(os israelitas) mesmo em seu estado de contaminação’
(Vayicrá 16:17), para que a Divina Presença não abandone
o pecador. Além disso, D’us despreza tanto a vaidade que
Ele diz: ‘A pessoa vaidosa e Eu não podemos compartilhar
uma morada’ (Arachin 15b). Por que eu desejaria estar num local
onde D’us não deseja permanecer?"
|