O benefício da dúvida

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07.02.2003 - 05 de Adar de 5763
     
 

O Talmud exige que uma pessoa julgue a todos sob uma luz favorável, sempre concedendo o benefício da dúvida. Alguns tsadikim levam este princípio a extremos, tal como o rabino cujo relógio fora roubado.

"Onde está seu relógio?" perguntou sua esposa.

O rabino encolheu os ombros. "Algum tsadic veio e levou-o emprestado esquecendo de avisar."

"O quê?!" exclamou ela. "Um ladrão, e você o chama de tsadic!"

O rabino respondeu: "Quem sabe? Ele provavelmente precisava acordar cedo pela manhã, a tempo para rezar."

Rabi Zalman, um discípulo do Gaon de Vilna, certa vez retornou do micvê sem a camisa, apenas com camiseta e tsitsit. "Onde está sua camisa?" perguntou a mulher.

"Alguém no micvê acidentalmente confundiu minha camisa com a sua" — respondeu Rabi Zalman.

"Bem, se ele trocou as camisas, então por que você não está com a dele?" quis saber ela.

"Acho que na pressa de voltar para casa, ele deve ter esquecido de deixá-la para trás" — replicou Rabi Zalman.

     
 
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