Caridade consciente | |||
18.10.2002
- 12 de Cheshvan de 5763
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Mar Ukva tinha um vizinho pobre. Todos os dias, Mar Ukva escorregava algum dinheiro por uma fenda na porta, para que o homem nunca conseguisse identificar o benfeitor. Certa vez, o vizinho resolveu esconder-se para descobrir quem era tão generoso. Neste mesmo dia Mar Ukva e sua esposa estavam a caminho da casa do homem, quando o avistaram. Para não serem reconhecidos, fugiram correndo, com o vizinho em sua perseguição. O único lugar em que puderam se esconder foi uma enorme fornalha para tijolos, que tinha sido esvaziada de carvões mas ainda estava quente. Os pés de Mar Ukva estavam queimando. A esposa disse: "Ponha seus pés em cima dos meus, e estará a salvo. Não estou sendo queimada." Mar Ukva perguntou à mulher: "Por que você é mais meritória? Que boa ação a protege do fogo?" Ela respondeu: "Quando os pobres batem à porta, dou-lhes pão e carne, que satisfaz imediatamente a fome. Você lhes dá dinheiro, com o qual precisam comprar comida." Assim era a devoção à tsedacá dos antigos. Preferiam se arriscar a ser queimados numa fornalha que humilhar uma pessoa pobre, identificando-se como seu benfeitor! |
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