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O nome de Moshê O nome de Moshê não é mencionado uma vez sequer na parashá de Tetsavê. Na verdade, desde o nascimento de Moshê até o final da Torá, esta é a única parashá na qual o nome de Moshê não consta. Esta omissão resultou do que Moshê proferiu sobre si mesmo. Após o pecado do bezerro de ouro, ele disse a D'us: "Se não perdoares o povo deste pecado, imploro-Te, apague-me de Teu livro, que Tu escreveste!" Apesar de D'us ter perdoado os israelitas, a punição que Moshê invocou sobre si foi parcialmente realizada. D'us apagou o nome de Moshê da parashá de Tetsavê. As palavras de um justo realizam-se mesmo se a condição vinculada a ela não tiverem efeito. Este é apenas um exemplo de quão extensos os efeitos da palavra falada podem ter. Todas as obras de ética judaica enfatizam o grande cuidado que se deve tomar ao falar. A fala é uma arma poderosa, que pode infligir feridas mortais a grandes distâncias. Assim como palavras ásperas podem ferir quando dirigidas contra outra pessoa; também podem ser auto-destrutivas. O Talmud adverte que uma pessoa não deve falar mal até mesmo de si próprio. Se alguém denigre a si mesmo, outros também poderiam denegri-lo. A omissão do nome de Moshê nesta porção da Torá é, portanto, de importante significado. Se uma maldição condicional, que faz parte de uma apelação passional por perdão ao povo de Israel, pode ter conseqüências desfavoráveis, quão mais não o é quando as palavras são proferidas com raiva e hostilidade, seja contra si, seja contra outros. A mitsvá de doar azeite para a menorá Logo após as várias instruções referentes à construção do Tabernáculo e seus utensílios sagrados, D'us deu uma nova mitsvá: Ordenou que óleo de oliva fosse doado para a menorá (candelabro). Moshê disse ao povo: "Se algum de vós possui azeite de oliva apropriado para acender a menorá no Tabernáculo dê-o a mim." Explicou: "Somente as primeiras gotas de azeite extraídas da azeitona podem ser utilizadas para a menorá. As primeiras gotas são perfeitamente claras e sem sedimentos, portanto produzem uma luz mais brilhante. O resto do azeite de oliva pode ser utilizado nas oferendas de farinha que são levadas ao altar; mas não para a menorá." O que aprende-se sobre as primeiras gotas de óleo Aprendemos uma grande lição do fato de que utilizava-se apenas as primeiras gotas de óleo para o acendimento da menorá, enquanto que, para oferendas, o óleo da segunda prensagem também era permitido. Um judeu observante da Torá, em geral, procura garantir que o alimento que sua família consome seja casher. Mas este mesmo indivíduo, está bem menos preocupado com o "alimento para o intelecto" que entra em sua casa sob a forma de literatura ou mídia. De acordo com o ponto de vista da Torá, o "óleo para a menorá", que representa o intelecto, deve ser o mais puro possível. O azeite para a menorá é superior ao óleo da oferenda (simbolizando nutrição). A Torá insiste que nossas mentes devem ser nutridas apenas com informações que sejam as mais puras e refinadas. Porque o óleo de oliva foi escolhido por D'us? Por que D'us escolheu o óleo de oliva para o acendimento, em vez de qualquer outro tipo de óleo? A resposta é que o povo judeu é comparados à oliva: A oliva emana seu precioso líquido apenas depois de ter sido processada através de prensagem e batidas. Similarmente, como resultado de terem sido banidos de um lugar para outro pelos outros povos e terem sido perseguidos, os judeus purificaram seus corações e retornaram a D'us. A essência interior de um judeu é pura. É só sua má inclinação que o impede de servir a D'us. Uma vez que a camada exterior é removida por pressão externa, sua natureza de santidade se reafirma. Todos os líquidos, quando misturados, mesclam-se numa mistura homogênea. O óleo é uma exceção; não se mistura, mantendo-se separado. Assim também, o povo de Israel é a única nação na história que não foi engolida pelos povos mas, guardou, e continuará guardando para sempre, sua identidade distinta. |
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