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O Tanya - parte 52 – último comentário

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A atmosfera de guerra

O Báal Shem Tov, fundador da Chassidut, nasceu numa cidadezinha chamada Tlust, localizada em algum lugar entre a Turquia e Wolachia.

Tlust era uma cidade de fronteira, e como todas as cidades de fronteira, possuía uma torre de vigilância e uma muralha circundante. Pelo menos foi construída, originalmente, com essa finalidade. No entanto, após algum tempo, a muralha externa protetora foi destruída e restaram somente os alicerces, profundamente enterrados no solo. Estes eram cercados por trincheiras de segurança, mais ou menos como os fossos que rodeavam os castelos ingleses, exceto que não eram cheios de água.

Os pais do Báal Shem Tov eram extremamente pobres. Não possuíam uma casa, mas viviam numa das trincheiras de segurança anexadas à muralha que cercava a cidade de Tlust. Foi aqui que o Báal Shem Tov nasceu. É óbvio que esta cidade fronteiriça e as condições de vida tiveram um efeito duradouro sobre o Báal Shem Tov. Às vezes ele assinava suas cartas como Israel de Okup, que significa "trincheira" em russo.

É necessário enfatizar que a atmosfera dessa cidade e a guerra que irrompia constantemente entre os diversos reinos da região também encontraram expressão nos caminhos espirituais que o Báal Shem Tov delineou, e que estão descritos e explicados no Tanya.

No capítulo 14 do Tanya, Rabi Shneur Zalman descreve o serviço do benoni usando a guerra como metáfora.

No capítulo 15, ele apresenta dois níveis de benoni, "aquele que serve a D’us" e "aquele que não O serve". Ele enfatiza que os ensinamentos do Báal Shem Tov, o caminho da Chassidut, é que todo judeu é chamado para servir a D’us (veja Discursos do Ano 5696, páginas 130-131).

     
   
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