Alívio para a ansiedade - parte 22
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Raciocínio positivo: suavizamento dentro da separação

Após sair da prece meditativa, a pessoa pode agora ativamente ignorar suas ansiedades substituindo seus maus pensamentos por outros positivos. Particularmente eficaz a esse respeito, é claro, é a contemplação de idéias da Torá, especialmente aquelas que engendram sentimentos de santidade, pureza, otimismo e felicidade. Dessa maneira, não será deixado lugar na mente para pensamentos confusos e maus.

Podemos não ser capazes de parar de pensar, mas estamos em liberdade para escolher sobre o que pensar. O poder do pensamento positivo de provocar o bem e do pensamento negativo de provocar o mal tem sido repetidamente documentado. Não há razão para não utilizar esta poderosa ferramenta para melhorar a qualidade da vida de alguém em geral, e o bem-estar mental em particular.

Entregue a seus próprios recursos, a mente por si mesma se encherá de pensamentos negativos que brotam de seu subconsciente não-retificado. É portanto necessário ocupar a mente de forma consciente com pensamentos puros e positivos. A fonte melhor e mais potente destes pensamentos é a própria Torá, como está escrito: (Salmos 19:9): "Os preceitos de D'us são justos, alegrando o coração."

Desviar a mente do problema imergindo no estudo de Torá pode parecer uma forma de escapismo, pois o problema permanece não resolvido, e a pessoa está apenas adiando ter de lidar com ele. A eficácia desta técnica, entretanto, está no fato de que a Torá conecta a pessoa que está estudando-a com D'us, o outorgador da Torá. Isso lhe concede o poder espiritual necessário para enfrentar este problema de forma otimista.

Uma pessoa pode reagir a qualquer situação de forma otimista ou pessimista. Os fatos objetivos do problema são os mesmos, mas a forma de reagir a eles são sua escolha. A Torá nos diz (Devarim 30:19): "Coloquei diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição... Portanto, escolha a vida!" Escolha ser otimista.

A clássica ilustração para isso é a seguinte história no Talmud, Berachot 60b, contada sobre Rabi Akiva, o pilar da Torá oral:

Rabi Akiva estava certa vez viajando, e chegou a uma determinada cidade. Procurou por um lugar para ficar, mas foi recusado em toda parte. Disse: "Tudo aquilo que D'us faz é para o bem," e passou a noite em campo aberto. Tinha consigo um galo para acordá-lo, um burro e uma lamparina. O vento apagou a chama da lamparina; uma raposa veio e comeu o galo; um leão veio e comeu o burro. Ele disse novamente: "Tudo que D'us faz é para o bem." Naquela mesma noite, um bando de salteadores veio e atacou os moradores da cidade; ele, porém, foi poupado. Se a lamparina não tivesse sido apagada, os bandidos tê-la-iam visto, e teriam ido atrás dele também. Similarmente, se tivessem escutado o galo ou o burro, teriam-no perseguido. Ele disse: "Não lhe falei que tudo que D'us faz é para o bem?"

A capacidade de Rabi Akiva de ver tudo que lhe acontecia de forma otimista era derivada, em última análise, de sua devotada imersão no estudo de Torá. E de fato, o valor numérico da declaração de Rabi Akiva, que tudo aquilo que D'us faz é para o bem, é idêntica em hebraico àquela da palavra Torá.

A sub-fase de suavização dentro da separação é quando a pessoa preenche ativamente o vazio em sua mente com pensamentos positivos de Torá e/ou otimismo.

     
   
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