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Guerra e milagres
Vida e Morte, Corpo e Alma
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  Guerra e milagres
De 5734
Sr.
Ilford, Essex, Inglaterra


Saudação e bênção:
Acredito que minha correspondência anterior foi devidamente recebida, bem como os telefonemas relativos à Convenção de Neshei Chabad.

Desejo aqui referir-me a um ponto em sua última carta, na qual escreveu sobre a diferença entre a Guerra dos Seis Dias e a chamada Guerra de Yom Kipur, na qual os milagres de D’us foram mais óbvios que na Guerra dos Seis Dias.

Na verdade, ocorreram amplos milagres, bastante óbvios, na última guerra. O milagre em geral, que agora foi divulgado, embora não publicado de maneira geral, é a sobrevivência após os primeiros poucos dias da guerra, quando até mesmo Washington estava seriamente preocupado se o exército israelense conseguiria deter o tremendo irromper do primeiro ataque lenta e gradualmente, alguns detalhes agora estão sendo revelados também na imprensa israelense, sobre como foi grave o perigo naqueles primeiros dias da guerra.

O maior milagre foi que os egípcios cessaram sua invasão sem nenhum motivo, a alguns quilômetros apenas a leste do Canal. A estratégia militar óbvia teria sido deixar algumas posições na retaguarda, e com o enorme exército de 100.000 homens armados até os dentes, marchar em direção ao Sinai, onde naquela ocasião não havia defesa organizada de qualquer conseqüência militar.

Isso é algo que não pode ser explicado na ordem natural das coisas, exceto como está escrito: “O medo dos judeus caiu sobre eles,”1 em face dos relatórios da inteligência deles sobre o completo despreparo dos judeus em Erets Yisrael naquela época.

Há também diversos relatos de milagres em vários setores em ambas as frentes.
O ponto essencial de toda esta guerra trágica é que poderia ter sido impedida e, como no caso da Medicina, a prevenção é mais desejável que a cura.

Com bênção,
[Assinatura do Rebe]

Notas:
1 – Esther 8:17
 
       
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Vida e Morte, Corpo e Alma

Quando as pessoas procuravam o Rebe para uma bênção, elas não o faziam por causa da superioridade de seu corpo físico, mas por causa da superioridade de sua alma.

Carta do Rebe
17 de Elul, 5710 (1950)


… Todo judeu, homem ou mulher, deveria saber que cada boa ação que realiza apressa o final do exílio e das trevas, e apressa a verdadeira Redenção Definitiva através de nosso justo Mashiach. Esta é a única maneira de conquistar a redenção do povo judeu, como Moshê Rabenu (Moshê nosso Mestre) falou à nação de Israel há mais de três mil anos (como é relatado na Torá de D'us, Parashat Nitsavim, cap. 30).

Sobre o seu pedido que eu mencione você no túmulo do meu sogro, o Rebe, eu certamente o farei. Quanto a você ter escrito que não entende este assunto: Certamente a pessoa não precisa primeiro estudar os efeito que comer, beber e dormir têm sobre o corpo físico e a alma antes de fazê-los. Ao contrário, a pessoa vai em frente e age, embora as repercussões totais não sejam plenamente entendidas.

O mesmo se aplica ao tema em questão.

Quanto àquilo que você escreveu sobre conversar com os mortos, D'us não o permita, e dirigir os próprios pensamentos a uma entidade que não seja D'us, os Céus não o permitam: você pode certamente entender por si mesmo que este não é o caso, pois Caleb, filho de Yefunê, bem como muitos Tannaim, Amoraim e tsadikim no decorrer das gerações se conduziram dessa forma.

Em resumo, respondendo à sua pergunta, quando as pessoas procuravam o Rebe para uma bênção, elas não o faziam por causa da superioridade de seu corpo físico, mas por causa da superioridade de sua alma.

A morte atinge somente o corpo físico, pois a alma é eterna, especialmente a alma de um tsadic (justo), a quem o Gehinom (purgatório) e punição não têm relevância. O falecimento de um tsadic é meramente uma partida, uma subida a um plano superior, e portanto não pode ser chamada de "morte", como está explicado no Zohar (vol. 3, pág.71).

[Assinatura do Rebe]

 
       
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