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Publicado
na revista Beit Mashiach
Um grupo de alunos de uma yeshivá estava cumprindo as tarefas das
tardes de sexta-feira, ajudar meninos e homens a colocar tefilin. Os estudantes
encontraram um grupo de imigrantes recentes, vindos da União Soviética.
Os alunos estavam ensinando os homens a colocar tefilin quando de repente,
um russo idoso aproximou-se deles com muita empolgação:
"Vocês são de Lubavitch?" perguntou ele. "Tenho
uma história para contar-lhes!"
"Quando eu era jovem, lá na Rússia" – começou
ele – "costumava frequentar farbrenguens dos Lubavitchers.
Eu costumava também rezar com eles e assistir suas aulas.
"Num desses farbrenguens, que jamais esquecerei, a discussão
principal era sobre o desejo de estar junto do Rebe, Rabi Yossef Yitschac
(O Rebe Anterior). Nós cantamos 'D’us nos dê boa saúde
e vida, e estaremos reunidos com nosso Rebe.' Nosso intenso desejo de
estar com o Rebe era quase palpável, e estava crescendo de minuto
a minuto.
"No meio do farbrenguen, alguns chassidim se levantaram de repente
e resolveram 'entrar em ação'. Pegando algumas cadeiras,
colocaram-nas de cabeça para baixo em fila, para fazer um 'trem'.
Imagine só isso – homens adultos se comportando como crianças
de jardim de infância, sentados em cadeiras viradas ao contrário
e fazendo de conta que estavam indo visitar o Rebe!
"A maior parte dos outros, eu inclusive, apenas olhava. Ríamos
deles, falando que estavam loucos. Que ridículo, esse comportamento
infantil!
"Mas, vocês sabem" – concluiu o homem com assombro
– "dentro de pouco tempo, todos os chassidim que estavam no
'trem' receberam permissão para deixar a Rússia, e na verdade
foram até o Rebe. Ao passo que o restante de nós, os 'normais',
ficamos para trás. Como vocês podem ver, a maioria de nós
não tem a força para manter a observância da Torá
e mitsvot, e somente agora estamos começando a chegar lá…" |