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  Sinceridade e Paixão ao Ensinar
   
 

Quem ouve falar sobre o Rebe pela primeira vez fica surpreso. Aprende que num farbrenguen com o Rebe, ou na fila para receber um dólar (ou visitar o Rebe no Ohel agora) havia pessoas de todas as esferas da vida, de todos os tipos de origem e nível social. Muitas delas certamente não entendem muito das palavras de Torá que o Rebe falava. Então, o que as atraía para ele, e o que continua a atraí-las?

Talvez isso possa ser explicado com base no seguinte trecho de um Má’amar do Rebe Anterior:
“… Avraham nosso pai, explicava a Divindade de maneira compreensível até às pessoas mais simples. E mesmo aqueles que não conseguiam entender sentiam que a verdade era aquela que ele dissera, e reconheciam aquilo que ele dizia. Suas palavras tinham tanto entusiasmo e amor por Hashem que mesmo aqueles que não conseguiam entender de maneira adequada [sua explicação] reconheciam [suas palavras] porque sentiam seu entusiasmo e autenticidade…”

(Sefer HaMa’amarim 5701, pág. 13)

Aqueles que iam ao Rebe, ou que escutam-no falar hoje via áudio e vídeo e leem suas palavras, sentiam e sentem: entusiasmo e amor por Hashem. Entusiasmo real, quase inexaurível, repleto de energia, paixão e vigor por servir a Hashem através da Torá e mitsvot.

Verdade: Nada de ares de pretensão, nenhuma pompa ou cerimônia. Ao contrário, completa sinceridade, autenticidade e franqueza. Essa linguagem fala a todos, do mais sofisticado ao mais iletrado. Eu gostaria de sugerir que como chassidim do Rebe, devemos também derivar disso que a chave do sucesso em divulgar a mensagem do Rebe é a maneira pela qual ela é transmitida.

Até aqueles que não compreendiam e não compreendem as profundas explicações contidas nos maamarim e sichot podem sentir a paixão e a sinceridade que os permeia, e somente isto eleva e inspira. (É claro, este é apenas um começo daquilo que o jargão chassídico chama de “makif”, abrangente e superficial num certo sentido, mas definitivamente causa um verdadeiro impacto.) Se os chassidim se esforçam para imitar o Rebe, e assegurar que suas palavras estão permeadas com uma paixão e sinceridade semelhantes, pelo menos no nível deles, então suas palavras certamente serão aceitas.

Talvez esta seja também uma maneira de interpretar a expressão de que a pessoa deve ensinar “be’ofen hamiskabel” – “numa maneira que seja aceita” (veja, por exemplo, Hisva’aduuyos 5752, vol. 1, pág. 299 sobre ensinamento a respeito da gueulá e Mashiach).

Quando transmitimos a mensagem do Rebe com sinceridade e ficamos empolgados sobre ela, então podemos ter confiança de que será aceita.

Porém como a pessoa muda a si mesma, para ter sinceridade e paixão em sua devoção a Hashem? Isso é conseguido através da prece, como está escrito: “O que é o serviço do coração? É a prece” (Sifrê, Devarim 11:13). E para um chassid de Chabad isso precisa ser feito da maneira que se espera dele, segundo a singular disciplina Chabad de avoda hatefilá.

       
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