![]() |
||||
![]() |
||||
![]() |
||||
A Face da Sabedoria | ||||
Tzvi Freeman | ||||
Quando eu digo "gênio",
qual o nome que lhe vem à cabeça? Nunca consegui uma resposta
que não fosse Albert Einstein. O mesmo ocorre com "psicologia"
– sempre é Sigmund Freud. "Política internacional" quase sempre me dá Henry Kissinger. "Super-herói" – Super-homem. "Astro do Rock" provavelmente será Elvis Presley (dependendo da idade da pessoa). Estes nomes são mais que nomes – são ícones de nossa sociedade, chaves para a maneira como entendemos nosso mundo. Interessante, muitos deles são judeus, ou criações de judeus. Agora, o que acontece quando digo uma palavra que realmente é importante para mim? Pessoalmente, eu passaria muito bem sem um gênio em minha vida. O mesmo com todos os outros ícones – até sem o psicólogo. Mas, se falarmos francamente, existe algo que realmente é importante para nós. Todos nós precisamos de um significado em nossa vida. Saber do que se trata. Como viver tendo um propósito. Portanto, se abordarmos um homem ou uma mulher na rua e dissermos: "Sabedoria. Significado espiritual e propósito. Um mentor para a vida". Em quem esta pessoa pensará? Tendo feito esta tentativa, o resultado muitas vezes pendeu para o Tibet. Às vezes para Roma. Eles não podem realmente dizer a você o que esta pessoa tem a dizer sobre a vida, mas são ícones aceitos. Posso afirmar que é muito raro alguém mencionar um rabino. Isso diz algo de estranho sobre nossa sociedade. Algo que não está bem certo. Mas temos um tsadic, um ser humano como qualquer um de nós, que fez a jornada pelo Judaísmo do século 20, escapando da opressão da Rússia Stalinista e da fúria da Europa nazista, para começar novamente num Novo Mundo. E nisso tudo ele encontrou um caminho prático e razoável, profundo e místico, para a sabedoria, para curar a alma de indivíduos e comunidades, para inspirar e reconstruir das cinzas, para abraçar o novo enquanto se apegava a um rico legado do passado, para forjar uma nova era. O Rebe pôde transcender a barreira do tempo. Ele não viu uma era alienada da Torá e do Judaísmo. Ele viu novas e empolgantes aplicações de uma sabedoria antiga. Ele nunca visualizou o Judaísmo como algo do passado, mas como uma visão do futuro. O Judaísmo, disse ele, muitas vezes, é um jovem de 3.300 anos. Muitas vezes se diz que as realizações do Rebe são de "proporções bíblicas". Pessoalmente, eu diria que, de certa forma, elas são ainda maiores – pois qual a personalidade bíblica que conseguiu pessoalmente durante sua vida um âmbito de influência que abrangesse o globo? Que outro líder judeu teria pensado em começar sua liderança enviando uma família jovem ao Marrocos para ajudar aquela comunidade, outra à Argentina, outras a comunidades remotas nos Estados Unidos e Canadá, Inglaterra, Austrália e, evidentemente, Israel? Atualmente, existem mais de 5000 dessas famílias shluchim Chabad-Lubavitch em todo o mundo, na antiga União Soviética, no Nepal, na China – onde quer que existam judeus. Ouvi recentemente o Senador Joe Lieberman discursando numa conferência em Washington, DC. Suas palavras foram: "o século 20 não teve um líder mais notável – certamente não dentro do mundo judaico – que o Lubavitcher Rebe." Adin Steinsaltz, Elie Wiesel, o Rabino Chefe de Israel, Rabi Lau, o Rabino Chefe da Inglaterra, Rabi Jonathan Sacks, todos disseram a mesma coisa. O movimento de teshuvá que começou nos anos sessenta, com judeus jovens voltando em massa para suas raízes, não foi previsto por nenhum sociólogo. Foi estimulado pelos chamados do Rebe à ação. E quando os muros caíram na Europa Oriental, a infra-estrutura Chabad-Lubavitch já estava lá, para insuflar vida nova àquelas comunidades. A face do Judaísmo mundial com certeza seria muito, muito diferente, não fosse por este homem. A face seria diferente, e ainda mais importante. o espírito. Porque, antes de mais nada, o Rebe é um professor, um mentor, um médico da alma. Não apenas para pessoas de barba e longos casacos pretos, não apenas para os judeus, mas para todos os seres humanos. E estes ensinamentos estão acessíveis depois de sua morte, assim como estavam antes. Não há motivo para o homem na rua não associar as palavras "sabedoria" e "espiritualidade" ao nome de um rabino, o Lubavitcher Rebe. E um dia, que esteja muito próximo, assim será. Um famoso escritor americano visitou o Rebe logo depois que este assumira a liderança de Chabad-Lubavitch. Ao deixar o escritório do Rebe, os alunos da yeshivá perguntaram o que ele estava pensando. Ele respondeu, frustrado: "Vocês de Lubavitch são ladrões! Têm o Rebe para vocês! Mas o Rebe é um Rebe do mundo inteiro!" Durante os primeiros cinqüenta anos da vida do Rebe, ele pertenceu a si mesmo. Pelos cinqüenta restantes, ele pertenceu aos chassidim. E agora, devemos fazer com que ele pertença ao mundo inteiro. Um mundo que precisa desesperadamente de um Rebe. |
||||