Vaidade feminina | ||
Algo contra? | ||
Gostaria de saber se no judaísmo é permitido mulheres serem vaidosas e utilizarem-se de cosméticos e adornos como batom, brinco, anéis, etc. |
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RESPOSTA: A vaidade é uma característica natural da mulher, tanto que está presente e pode ser observada em meninas ainda pequenas. Toda tendência natural existente no ser humano pode ser utilizada para dois pólos - positivo ou negativo. Nossos sábios exemplificam este conceito da seguinte forma: há certas pessoas que tem a tendência e facilidade de lidar com sangue. Neste caso, pode-se usar esta tendência para seguir duas carreiras. De forma negativa, a pessoa poderá ser um assassino. Porém, esta mesma característica pode ser usada para tornar-se um mohel (pessoa que efetua a circuncisão), que é um dos principais preceitos do judaísmo. Nossos Sábios descrevem que o kior (lavabo onde os cohanim purificavam seus pés e mãos) no Templo Sagrado foi confeccionado com os espelhos de cobre. Estes espelhos eram usados pelas mulheres judias no Egito. Quando o Faraó subjugou os homens ao trabalho escravo, estes estavam tão angustiados e cansados que não tinham mais desejo de estar com suas mulheres. As esposas então pegavam pedaços de cobre e os poliam, arrumando-se e refletindo-se neles, e assim atraiam seus maridos, e consequentemente deram continuidade a próxima geração. Ao doarem estes espelhos ao Tabernáculo no deserto, D'us disse que estas são as peças mais preciosas a Seus olhos. É claro que nosso objetivo não é sermos pessoas guiadas apenas por nossos instintos, por tendências naturais, sem qualquer refinamento de caráter. Por outro lado, o judaísmo diz que a natureza do ser humano não deve ser suprimida. Devemos aproveitar nossa natureza, canalizando-a para o bem. Uma mulher deve estar sempre bem arrumada e de aparência agradável. Esta é sua tendência natural, e D'us criou-a assim propositadamente. Porém, não se pode depravar esta natureza, dando uma atenção exagerada a faixada, ou com o intuito negativo de atrair pessoas alheias. Tudo deve ser na medida certa e com a intenção correta, sempre lembrando que o principal não é o baú, mas o tesouro que se encontra dentro dele. |
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