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RESPOSTA:
Um shul é uma sinagoga. Já ouvi não-judeus perguntando
aos seus vizinhos judeus como se chama a "igreja" deles; quando
o judeu diz "sinagoga", o não-judeu diz: "O quê?"
Portanto, quando isso ocorrer com você, lembre-se de "shul".
A palavra shul vem do mesmo radical de school, escola. Lembra os tempos
antigos, quando as sinagogas tinham dupla função: as pessoas
iam lá para rezar e também para estudar Torá (como
até hoje).
A sinagoga é um local sagrado. A Presença Divina está
presente na sinagoga onde se reza com um mynian, um quórum de no
mínimo 10 homens judeus.
O centro da sinagoga é o Aron Ha Codesh, Arca Sagrada, que contêm
os Rolos da Torá. A Arca geralmente é adornada com trabalhos
em madeira e cortinas de tapeçaria e colocada na parede mais a
leste da sinagoga. Isso porque as preces devem ser recitadas de frente
para o Muro Ocidental em Jerusalém – que é a leste
para a maioria dos países de população judaica. A
Arca geralmente fica numa plataforma elevada, para conferir-lhe honra
e importância, como o banco de um juiz num tribunal. Em frente à
Arca fica o pódio para o chazan (cantor), embora às vezes
este fique a um lado. Preenchendo o restante da sala estão os assentos
– cadeiras ou bancos tradicionais, e a bimá – uma mesa
grande, forrada em veludo, sobre a qual o Rolo de Torá é
aberto e lido – no centro. Ao longo das outras paredes estão
estantes contendo Sidurim, livros de preces, Chumashim (os Cinco Livros
de Moshê), Tehilim, e outros livros judaicos.
Há muitas mitsvot associadas à sinagoga. Patrocinar a decoração
de uma sinagoga é uma mitsvá, doar livros sagrados para
que outras pessoas possam usufruir deles, também. A obrigação
secundária de uma comunidade judaica é construir uma sinagoga
(a construção do micvê vem em primeiro lugar). E como
ocorre com a decoração, doar para a construção
da sinagoga é uma grande mitsvá. Por outro lado, destruir
uma sinagoga é uma proibição da Torá: se uma
sinagoga tiver de ser removida, deve ser desmontada cuidadosamente, não
derrubada. Qualquer objeto judaico sagrado, como livros judaicos, também
não devem ser destruídos.
O que fazemos dentro de uma sinagoga?
As principais atvidades:
Reza
Os judeus vão à sinagoga para a tefilá, geralmente
conhecida como prece, que também significa conexão. Os três
serviços diários de prece são feitos na sinagoga
em toda comunidade judaica, todos os dias (Shacharit, Minchá e
Maariv – Prece da Manhã, da Tarde e da Noite), e inclusive
no Shabat e feriados judaicos (onde é acrescida a prece de Mussaf
– Adicional). Yom Kipur é o feriado judaico mais importante,
e geralmente há mais freqüentadores passando pelas portas
do que em qualquer outra época do ano.
Celebra
A prece não é a única atividade dentro de uma sinagoga
– os Dias Festivos judaicos são celebrados ali, também.
Há o toque do shofar em Rosh Hashaná, as voltas em torno
da bimá com o lulav e etrog em Sucot, danças em Shemini
Atsêret e Simchat Torá. A comunidade se reúne em Chanucá
para acender a Menorá, em Purim para ouvir a Meguilá, em
Pêssach para um Sêder comunitário, e em Shavuot para
celebrar a Outorga da Torá.
Socializar
No decorrer dos séculos, a sinagoga tem sido o centro nervoso da
comunidade judaica. Toda manhã, e após um dia de trabalho,
os homens se reúnem para os três serviços diários.
Antes e depois de cada um, se eles tiverem alguns minutos livres, sem
dúvida batem um bom papo! A sinagoga é o eixo da comunidade,
além de um local sagrado. Sempre que os judeus se reúnem
na sinagoga, seja para os serviços ou em ocasiões especiais
(berit, bar mitsvá, casamentos), compartilham seus triunfos, tragédias,
e alegrias.
Através de aulas de Torá ministradas na sinagoga para os
mais diferentes públicos e horários que ampliam seus conhecimentos
e incentivam à prática das mitsvot, os esforços são
direcionados a tornar o mundo um lugar melhor, mais refinado e um recipiente
adequado à moradia Divina.
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