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RESPOSTA:
askmoses.com
Existem
aqueles que insistem em dizer que o segundo Sêder é invenção
de algumas crianças que desejavam uma segunda chance de encontrar
o Aficoman, mas fontes haláchicas indicam outra coisa…
O calendário judaico é baseado nos meses lunares. Estes
são mais curtos que o mês solar cerca de um dia, portanto
alguns meses têm 29 dias e outros 30 dias. Atualmente temos um calendário
perpétuo que nos diz exatamente quantos dias um determinado mês
terá, mas antes de os judeus serem exilados da Terra Santa, o Sanhedrin
(A Suprema Corte Judaica) em Jerusalém determinava o primeiro dia
do novo mês baseado em testemunhas que atestavam ter visto a lua
nova crescente.
Estes sistema funcionou para os judeus que viviam em Israel, mas as comunidades
judaicas na Diáspora tinham de confiar em mensageiros que vinham
de Jerusalém para notificá-los que dia seria Rosh Chôdesh
(o primeiro dia do mês).
O problema era que demorava muitas semanas para os emissários chegarem
à Babilônia e a outras comunidade judaicas. Por isso, quando
chegava Pêssach, eles não sabiam exatamente quando era o
dia 15 de Nissan, pois isso depende de quando foi Rosh Chôdesh.
Portanto sua única opção era observar dois dias de
Yom Tov e fazer dois Sedarim.
Este costume persiste até os dias de hoje, quando os judeus de
Israel fazem um Sêder e os felizardos judeus da Diáspora
comem o maror por duas noites seguidas.
Como diria Tevye: "Tradição, tradição…"
[Segundo a Cabalá, devido ao baixo nível de espiritualidade
vigente na Diáspora, são precisos dois dias para absorver
a energia espiritual que recebemos em qualquer dia festivo].
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