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RESPOSTA:
A Torá refere-se a uma prostituta com a palavra hebraica "kedasha"
(Bereshit 38:21). Isso é surpreendente, pois o radical dessa palavra
é o mesmo de "cadosh," que significa "sagrado."
Com esta palavra, a Torá revela o nível de degradação
ao qual uma prostituta cai. O judaísmo ensina que o sexo deveria
ser um ato de extrema elevação. [Você poderá
encontrar várias relações proibidas pela Torá
na Parshat Acharê mot (18:17).]
O sexo é mais que um ato de diversão ou reprodução.
Possui, mesmo nos círculos mais seculares, a característica
de "experiência espiritual." Está investido de
poderes que outros atos físicos não possuem. É um
sinal de compromisso, uma ponte para a intimidade. E neste potencial para
elevação encontra-se também a raiz de sua vergonha.
Eis por que a palavra para prostituta é a mesma de "sagrada."
São lados opostos de uma mesma moeda.
Apenas coisas que podem trazer uma maior santidade e elevação
têm o potencial para tal degradação. Até o
grau em que algo pode elevar a condição humana, neste mesmo
grau pode profanar e degenerar a pessoa.
O livre arbítrio permite cada pessoa a tomar novas decisões
e sair de uma situação degradante, de extremo risco para
sua alma, e escolher o caminho que a elevará, tanto fisica quanto
espiritualmente. E todo o esforço neste sentido certamente lhe
trará novas forças de superar sua natureza, transformando
o mal em bem. Está nas mãos do homem alcançar o nível
moral exigido dele pelo Criador e mantê-lo como padrão em
sua vida.
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