Ômer  
   
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  Qual o período?
     
 

Há tempos tenho a seguinte dúvida: no período do ômer, entre Pêssach e
Shavuot, não é permitido cortar cabelo,aparar a barba,etc. A dúvida é
a partir de Lag Baômer ou após Shavuot?

 
     
 

RESPOSTA:

Na época do Talmud, no período da contagem do ômer, durante 33 dias, houve uma epidemia que dizimou 24 mil discípulos do grande sábio, Rabi Akiva. Por este motivo, neste período de trinta e três dias é costume portar um certo luto. Porém, há controvérsias sobre este período.

Há sábios que afirmam que os dias de luto são os primeiros trinta e três dias, sendo que o 33º dia do ômer (Lag Baômer) marca o final deste período, e por isto é considerado um dia de alegria. Outros afirmam que são os últimos trinta e três dias do ômer, com exceção de Lag Baômer, quando ninguém faleceu e a véspera de Shavuot, quando findou o luto. Há uma terceira opinião de que esta epidemia terminou três dias antes de Shavuot. Por isto, para tirar qualquer dúvida, muitos costumam manter este luto durante todos os dias da contagem do ômer, excluindo Lag Baômer. Porém, após Lag Baômer, muitos não costumam mais guardar luto. É aconselhável seguir o costume local ou de sua comunidade.

Durante estes dias não é permitido cortar o cabelo, à exceção de Lag Baômer e três dias antes de Shavuot. Quando é realizado um berit milá, o pai da criança, o sandec (que segura a criança no momento do berit) e o mohel podem cortar o cabelo na véspera. Porém, de acordo com a Cabalá do Arizal, nestes dias não se corta o cabelo, nem mesmo quando há um berit milá e nem mesmo em Lag Baômer e nos três dias antes de Shavuot, somente na véspera de Shavuot.

Se Shavuot cair no sábado à noite, é permitido cortar cabelo na véspera deste Shabat.
Se um menino completar três anos nos dias de sefirat haômer, antes de Lag Baômer, o primeiro corte de cabelo (opsherenish) é feito em Lag Baômer; se o aniversário for depois de Lag Baômer, é feito na véspera de Shavuot.

Informações extraídas do livro "De Pêssach a Shavuot – Leis e costumes", de autoria do Rabino Shamai Ende

 
   
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