RESPOSTA:
O Talmud declara que os pais recebem a sexagésima parte da profecia ao escolherem um nome.
Os judeus ashkenazitas têm o costume de escolher o nome de um parente que já tenha falecido. Isto mantém o nome e a memória de entes queridos além de manter um vínculo entre a alma do bebê e o parente que se foi. Esta é uma grande honra para o falecido, porque sua alma pode alcançar uma elevação baseada nas boas ações de quem recebeu o nome e a criança, da mesma forma, ser inspirada pelas boas qualidades do falecido.
O costume para os judeus sefaraditas é dar a seus filhos nomes de parentes que ainda estão vivos, como um avô ou avó, etc.
É costume também dar à criança um nome baseado num feriado judaico que coincida com o nascimento. Por exemplo, uma menina que nasça em Purim poderia ser chamada de Esther. Da mesma forma, os nomes às vezes são escolhidos da leitura da Torá na semana do nascimento ou mesmo inspirado nos patriarcas, matriarcas, nas doze tribos e reis de Israel, etc.
A Torá enfatiza como os pais tomam grande cuidado ao escolher o nome dos filhos. O nome revela a característica essencial da pessoa, já que está intrinsecamente ligado a sua neshamá, alma Divina. Tanto isto é conhecido, que a primeira reação de uma pessoa ao ver um parente ou amigo desmaiado é apelar para sua consciência chamando-a pelo seu nome judaico. A probabilidade de obter sucesso em despertá-la torna-se maior.
O Midrash (Bereshit Raba 17:4) afirma que o primeiro homem, Adam, olhou para a essência de cada animal e nomeou-o com sabedoria. O burro, por exemplo, caracteriza-se por carregar pesados fardos físicos. Portanto, em hebraico, o burro é chamado Chamor - da mesma raiz que Chomer, que significa fisicalidade. Ligado a carga que suporta. Em nenhum outro idioma esta designação se dá com a mesma clareza.
Ao nomear uma criança, é importante usar um nome que terá um efeito positivo, pois a cada vez que a criança ouvi-lo será lembrada de seu significado.
O nome judaico sempre foi uma barreira importante contra a assimilação; o Midrash (Bamidbar Raba 20:21) diz que o povo judeu foi redimido do Egito, em parte devido ao mérito de terem mantido seus nomes judaicos em meio à sociedade egípcia que os cercava.
A criança não "recebe" realmente seu nome até seu Brit Milá Isto ocorre porque um menino judeu apenas recebe a total medida de sua alma durante o Brit, e uma pessoa não pode ser "nomeada" até que atinja esta compleição. (veja Zohar Lech Lecha 93a, Taamey Minhagim 929). Isto baseia-se no fato de que D'us trocou o nome de Avram para Avraham em conexão com seu brit - aos 99 anos! (Bereshit 17:15)
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