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RESPOSTA:
Esta
é uma das perguntas feitas continuamente no pensamento judaico
medieval. Esta questão tem atormentado as mentes mais brilhantes
no decorrer dos tempos, começando com o sábio iraquiano
do século dez, Rabi Sadiá Gaon, até o presente.
Um dos pensadores judeus mais destacados na Espanha, o Abarbanel, declara
que a resposta é muito simples. Ele argumenta que a Torá
não menciona as recompensas do Mundo Vindouro porque não
é disso que trata a Torá. As recompensas que serão
recebidas no futuro, depois que a vida nesse reino tiver cessado, não
deveria ser um fator pertinente no comportamento da pessoa na vida presente.
O que é relevante no decorrer da vida é como a vida é
agora, neste exato momento.
A intenção de cumprir mitsvot não deveria ser pela
conquista de recompensas na vida futura, e a pessoa não deveria
sentir que a vida está sendo vivida para retificar algo que foi
feito numa encarnação anterior. Aquilo que ocorreu em vidas
prévias não é importante, assim como não é
importante saber o que será de nós num mundo futuro. O que
realmente importa é o Hoje. Qualquer desvio da atenção
da pessoa ao futuro ou ao passado é um momento roubado da extraordinária
oportunidade de viver a vida no presente, e torná-la especial e
valiosa… aqui e agora.
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