Micvê  
   
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  O que é?
     
  Quais são as necessidades básicas para que um micvê esteja de acordo com a lei judaica?  
     
 

RESPOSTA:

A Mitsvá Positiva 109 é imergir num Micvê.
Assim como a Torá define diversos tipos de impureza – ela também delineia o seu processo de purificação. A Torá descreve o processo de purificação, ordenando que a pessoa impura faça uma imersão num micvê. Uma micvê é uma piscina especial de água, com um tamanho específico. Sua água deve vir de uma fonte natural: chuva ou nascente.
No começo do universo, a criação inteira emergiu da água. Depois que uma pessoa impura mergulha num micvê, ela se levanta como uma nova criação; purificada e preparada para servir a D’us.


As reservas naturais de água do mundo (oceanos, rios, poços e lagos provenientes de fontes) são micvaot em sua forma mais primitiva. Por possuírem água de origem Divina, têm o poder de purificar. Esses reservatórios de água foram criados antes mesmo da terra haver tomado forma e são um meio aprimorado para a consagração. Mas também apresentam dificuldades. Essas águas podem ser inacessíveis ou perigosas, fora os problemas de tempo inóspito e falta de privacidade. Daí a necessidade da construção de micvaot (piscinas) para a vida judaica, e realmente os judeus assim o fizeram em todas as épocas e situações.

Para quem não conhece, um micvê moderno parece-se com uma piscina. Numa religião rica em detalhes, beleza e ornamentos, se comparado ao templo antigo ou até mesmo às sinagogas modernas, o micvê é uma construção admiravelmente simples.

Apesar do aspecto comum, é de fundamental importância na vida e na lei judaicas. O micvê proporciona ao indivíduo, à comunidade e ao povo Judeu pureza e santidade. Nenhuma outra instituição, rito ou estrutura pode atingir o judeu deste modo, em sua essência. Mas é preciso que o micvê seja construído de acordo com as múltiplas e complexas especificações descritas pela Halachá (lei judaica), para que retenha seu poder extraordinário.

Um micvê tem que ser construído no solo ou como parte integrante de uma construção. Recipientes portáteis como banheiras (comuns, de hidromassagem ou Jacuzzi) não podem ser usados como micvaot.

O micvê precisa ter um mínimo de 760 litros de água de chuva acumulada e para ele canalizada de acordo com leis muito precisas. Em casos extremos, em que a obtenção de água de chuva é impossível, pode-se usar gelo ou neve naturais para encher o micvê. Uma série de leis complicadas regem o transporte e a manipulação destes, tal qual acontece com a água da chuva.

Em geral, o observador pouco atento só perceberá uma piscina - a que é utilizada para a imersão. Na verdade, a maior parte dos micvaot é composta de duas, às vezes três piscinas adjacentes. A água da chuva é armazenada numa piscina, enquanto que a água da piscina adjacente, a da imersão, é trocada com regularidade. As piscinas possuem uma parede comum com um orifício de pelo menos 5,08 cm de diâmetro.

A comunicação ou contato das águas das duas piscinas faz com que a de imersão seja uma extensão da água de chuva natural, dando à da imersão o status de micvê. (Essa descrição é uma das maneiras autorizadas pela Halachá para se chegar a isto.)

Os micvaot modernos são equipados com sistemas de filtragem e purificação de água. Geralmente as águas do micvê vão até o tórax e são mantidas a uma temperatura agradável. Entra-se na piscina por uma escada. (Para enfermos ou portadores de deficiências físicas existem micvaot com elevadores, em alguns lugares.)

 
   
   
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