Masturbação  
     
  Uma proibição da Torá
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  Masturbação é imoralidade sexual, certo?  
     
 

RESPOSTA:

Para começo de conversa, deixe-me falar-lhe dos Super Poderes Humanos.

Super Poder nº 1: Sua mente. Ela é mais forte que suas emoções. Sua mente, por natureza, tem a capacidade de frear, desviar, domar e dirigir seu coração. Você tem a força - a força de seu intelecto - à sua disposição. Tudo que precisa fazer é aprender como usá-la.

Super Poder nº 2: Sua vontade. VOCÊ manda em você - não seus hormônios ou seu subconsciente. Usando a vontade, pode afastar-se de ambientes tentadores - tudo que possa desencadear seus desejos hormonais para se masturbar: uma foto, um pensamento, uma lembrança, um filme. Identifique aquela zona de perigo. Agora, ative a Força de Vontade.

Como pode conseguir isso? Ignorando aquelas fotos, pensamentos, lembranças ou filmes, toda vez que cruzarem sua mente ou seu caminho. Sempre que se flagrar pensando ou olhando de forma inadequada, a Força de Vontade lhe dará a capacidade de ignorar tudo isso.

Então, qual é mais poderoso: A Força de Vontade, ou o Sr. Hormônio?

E as recompensas são enormes. Não apenas as recompensas espirituais que esperam por você aqui e no céu, mas simplesmente a satisfação que vem com o reconhecimento de que você é de fato poderoso, de que pode vencer. É similar a uma pessoa obesa perder 50 quilos, mas ainda melhor.

É um pecado? Certamente, e os efeitos colaterais para o espírito são difíceis de reparar. Na Torá (Bereshit 38:9-10), Er e Onan, os filhos de Yehudá, foram punidos com morte antecipada por se masturbarem. A Cabalá é bastante explícita sobre o prejuízo e o pecado da masturbação. A idéia é a seguinte: sua semente é o material com o qual você procria; é o material genético em você que lhe proporciona a oportunidade de ser parceiro de D'us.

Quando o usamos construtivamente, canalizamos as centelhas Divinas e a energia dentro dele de forma correta. Quando o jogamos fora, porém, desperdiçamos o sagrado e Divino potencial. Isso dá ensejo ao que a Cabalá chama de "Chitsonim," forças negativas livremente traduzidas como "externas", para roubar a energia e convertê-la em propósitos negativos, tais como alimentar nossa ânsia de pecado.

Por que é tão difícil parar? A Mishná (Ética dos Pais 4:2) nos diz que "Um pecado chama outro pecado". Isso quer dizer que cometer um pecado dá a nossos impulsos mais energia para mais pecados, tornando mais difícil para nós disciplinar-nos na próxima vez em que a tentação vier. A cada vez que você ceder à tentação, fortalece os poderes espirituais dentro de você, chamados em hebraico de "yêtser hará", ou má inclinação, que deseja que você cometa mais e mais pecados. Mas a cada vez que você ativa seus Super Poderes, enfraquece o yêtser hará e fortalece ser "yêtzer tov", que é exatamente o oposto. É uma batalha contínua entre os dois e a pessoa que se encontra no meio deles, por assim dizer, decidindo quem será mais forte hoje e quem será mais forte amanhã, simplesmente usando nossos poderes intrínsecos.

Olhando de uma perspectiva diferente: muitas pessoas cometem o engano de presumir que o judaísmo apenas defende o sexo com o objetivo da procriação, o que é totalmente falso. Embora o judaísmo obviamente reconheça o sexo como um ato reprodutivo, esta é apenas uma das facetas.

O judaísmo vê o sexo como a suprema forma de proximidade, unidade e intimidade humanas, e tão precioso e passível de abuso, que não deveria ser compartilhado com um estranho. Assim como você apenas divide seus segredos mais íntimos com alguém de confiança e que lhe seja completamente fiel e vice-versa, assim deveria ser com o sexo, mais infinitamente mais.

É por esta razão que o judaísmo desencoraja a masturbação. Não é justa, devido ao desperdício da semente; a razão é que a masturbação é uma forma de gratificação sexual sem um parceiro, e não aproxima a pessoa de outra, e neste sentido, é um abuso do sexo. É uma forma de auto-gratificação em que a pessoa age sem um parceiro. Enquanto o sexo é a suprema atividade humana que cria uma cálida interdependência entre, não apenas seres humanos, mas com o sexo oposto - a masturbação nega esta premissa básica.

Alguém poderia argumentar que a masturbação é completamente inocente e não é prejudicial, e serve como um sedativo relaxante. Estes argumentos baseiam-se na idéia que, como a masturbação é uma prática solitária, deveria ser um assunto particular, que opiniões publicadas sobre moralidade nada têm a ver com isso. Entretanto, não é verdade que a masturbação seja solitária, pois não há algo como a masturbação sem pensar em alguma coisa, ou alguém, que seja erótico e fora de nós. A pessoa deve concentrar-se em algo externo, e o objeto imaginado está sofrendo abuso.

 
     
   
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