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RESPOSTA:
De fato, não
há menção da sinagoga na Torá Escrita (i.e.,
os Cinco Livros de Moshê). A instituição da sinagoga
é de origem posterior, rabínica.1
O propósito da sinagoga é fornecer um local para facilitar
e enfatizar a obrigação bíblica da prece, adicionando
um elemento comunal.
Desde os tempos de Moshê até a restauração
do Segundo Templo, cumprimos a obrigação de rezar diariamente,
compondo nossas próprias preces e rezando em particular.
Também fazíamos peregrinações a Jerusalém
para participar dos serviços públicos que eram conduzidos
no Templo Sagrado.
Após a restauração do Segundo Templo (352 AEC), a
Grande Assembléia2 liderada por Ezra, instituiu o Kadish, Kedushá,
Barechu e o restante do serviço comunal padronizado (exigindo a
participação de um minyan, ou quorum de dez) bem como a
obrigação de os indivíduos participarem destes serviços.
Surgiram, tanto em Israel quanto na Diáspora3, locais designados
para a reza em conjunto. Assim nasceu o "Local de Reunião"
– Beit Knêsset em hebraico, e Sinagoga em grego.
A experiência fundamental do culto público permaneceu a jornada
a Jerusalém para participar e ser inspirado pelo serviço
do Templo.
Quando os Romanos destruíram o Segundo Templo em 68 EC, o único
local para o culto público permaneceu a sinagoga, que então
adquiriu maior importância como o centro da vida comunitária
judaica.
O foco básico do Judaísmo, no entanto, sempre tem sido a
vida de cada indivíduo, seu lar e sua família, vivida numa
comunidade forte e mutuamente responsável. De fato, quando uma
comunidade judaica começa do nada, construir uma sinagoga não
é o primeiro item da lista de coisas a fazer. Como está
determinado pela Lei Judaica, as prioridades no que tange ao estabelecimento
de instituições comunais devem ser:
1. Um micvê
2. Escola judaica para crianças
3. Um fundo de caridade
4. Uma sinagoga
5. Evidentemente, as pessoas podem – e se reúnem –
em qualquer local para rezar comunitariamente.
Notas
1 – A Torá (Devarim 16:11; veja a introdução
de Maimônides à Mishná) decreta que sigamos os decretos
rabínicos adequadamente constituídos aceitos pela comunidade
na ocasião em que o decreto foi estabelecido; portanto, em última
análise, a sinagoga é uma instituição ordenada
pela Torá.
2 – Na época a Corte Suprema e Legislatura do Judaísmo
3 – A Diáspora (a comunidade judaica residindo fora da Terra
de Israel) permaneceu grande mesmo depois que o Segundo Templo foi restaurado.
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