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RESPOSTA:
Embora saibamos
que tudo acontece para o bem e que devemos servir a D’us com alegria,
seria quase sobre-humano não sentir tristeza ou até depressão
quando as coisas não vão bem na vida. Porém há
uma grande diferença entre uma reação emocional de
curta duração e uma depressão prolongada.
Muitos Rebes chassídicos ensinaram que ainda pior que o pecado
é o prolongado estado de depressão que pode ocorrer como
resultado do pecado. A "má inclinação"
nos encoraja a pecar para produzir depressão, pois então
ela realmente nos tem em suas garras.
A depressão não apenas leva à estagnação
espiritual como também faz a pessoa acreditar que nada realmente
é importante, e que ninguém se importa. Este é um
estado de espírito extremamente perigoso, quando a pessoa se envolve
em todos os tipos de caminhos perigosos e destrutivos. Nos casos extremos,
cria um espaço na mente que leva ao suicídio, D’us
nunca o permita.
De uma certa maneira, a depressão é a suprema viagem do
ego, onde o indivíduo começa a habitar somente em seu próprio
mundo tenebroso e deixa do lado de fora o restante, o mundo ao seu redor.
Neste estado de espírito limitado, só ele tem importância.
Culpa, auto-recriminação e sofrimento interior pelas próprias
falhas são positivos, quando servem como meios para a pessoa reformar
seus caminhos, um forte incentivo a prosseguir em frente com renovado
comprometimento para um novo rumo na vida. A tristeza como resultado de
acontecimentos desagradáveis que levam à introspecção
e exame de consciência também podem ser positivos. Mesmo
um curto período de depressão poderia servir ao mesmo propósito
positivo. Mas mergulhar na areia movediça da autopiedade, desespero
e depressão deve ser evitado a todo custo.
Transformar escuridão, o mundo negro em luz, requer sem dúvida,
um tremendo esforço, mas a vitória rumo a isto possui um
mérito ainda muito maior.
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