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RESPOSTA:
Aqui a questão
é pikuach nefesh, perigo de vida. Não se engane sobre isso.
Sob a perspectiva da Torá, nada mais é a verdadeira questão
aqui: a interpretação, o significado ou o texto da Resolução
de nš 242 das Nações Unidas não é o problema.
O cerne da questão é Pikuach Nefesh, o risco de vida de
todos os habitantes da Terra Santa, levantado pela proposta de retorno
de certas áreas.
A Lei da Torá declara: É o seguinte o veredicto definitivo
da lei de nossa Divina Torá, conforme expresso em Shulchan Aruch.
Se um grupo de idólatras cercou uma cidade judaica (no Shabat),
e sua intenção é apenas roubar, não podemos
profanar o Shabat para defender nossa propriedade. Se têm intenção
de matar – ou mesmo se não se conhece sua intenção,
mas há uma razão para suspeitar que seja a de matar –
então, mesmo que ainda não tenham chegado, mas estão
apenas preparando o ataque, devemos atacá-los com armas e com este
objetivo, podemos profanar o Shabat. Entretanto, se a cidade em questão
está próxima da costa, então mesmo que sua intenção
seja apenas roubar palha e restos, nós profanamos o Shabat para
defender a cidade contra eles, pois se não o fizermos, eles poderão
capturar esta cidade (estratégica) – e partindo de lá
será fácil para eles conquistar a terra.
A regra é clara, e as presentes circunstâncias no Oriente
Médio são muito mais graves que aquelas retratadas na passagem
acima, pelas seguintes razões: primeiro, cada ponto do mapa da
Terra Santa, cada acampamento, pode ser considerado como "uma cidade
próxima da costa (ou fronteira)", devido à natureza
extremamente vulnerável da geografia de Israel. Um inimigo obviamente
poderia conquistar o interior mais facilmente, assim que tenha capturado
qualquer ponto forte perto da fronteira. Segundo, não é
o caso de que os inimigos invasores tenham os olhos voltados apenas em
saquear "palha e restos"; eles anunciam seus objetivos facilmente!
Poderia ser feita uma pergunta a respeito desta regra da Torá.
O desejo é resgatar os judeus das mãos de seus inimigos.
Como somos "a menor de todas as nações", precisamos
da ajuda do Todo Poderoso em nossa batalha. Se assim for, por que deveríamos
empunhar armas e profanar o Shabat? Não seria melhor recitar Tehilim
para nossa libertação, ou engajar-nos no estudo de Torá?
A regra inequívoca do Shulchan Aruch é perfeitamente clara.
O Todo Poderoso deseja que, neste caso, avancemos contra eles bem armados,
e se necessário, profanaremos o Shabat para este propósito.
O curso da ação ordenado pela Torá é um modo
de servir a D’us. Assim como alguém deve estudar Torá
e cumprir as mitsvot, assim também deve cumprir seu dever no que
tange à prevenção de pituach nefesh - perigo de vida.
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