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RESPOSTA:
O judaísmo
tem um conceito de recompensa e punição após a vida.
Entretanto, como as palavras que usamos trazem determinadas imagens à
mente, especialmente "Céu" e "Inferno," é
melhor usar a terminologia judaica que vem sem esta bagagem.
Quando alguém morre, sua alma deixa este mundo sensorial e entra
no "Gan Eden," o Jardim do Éden espiritual (também
conhecido como "Céu"). No Jardim do Éden, a alma
desfruta os "raios da Divina Presença," um deleite puramente
espiritual, dependente do estudo de Torá e atos de bondade feitos
quando ela se encontrava no corpo. Todos os anos no yahrzeit, o aniversário
de falecimento, a alma se eleva a outro nível aproximando-se mais
de D’us. Isso lhe proporciona imenso prazer. Antes de entrar no
Jardim do Éden, porém, toda alma deve ser refinada, pois
não consegue apreciar totalmente a Divina Presença se ainda
tiver os prazeres e grosserias de nosso mundo físico. Estes darão
à alma uma má "recepção" da Divina
Radiância, e devem ser removidos.
A fim de restaurar o nível de pureza que a alma possuía
antes de entrar no mundo físico, deve passar por um processo de
refinamento comparável ao grau de indulgências que o corpo
possa ter concedido a si mesmo. Se a pessoa pecou durante sua vida, como
a maioria de nós, teremos séria interferência no "céu".
Isso significa que há ainda mais purificação a ser
feita. Este processo de limpeza dói, mas é um processo espiritual
planejado que permite que a pessoa aprecie realmente sua recompensa no
Gan Eden. Este processo é chamado "Gehinom" ou, no vernáculo,
"Inferno."
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