Astrologia  
   
  Determina o destino?
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A astrologia pode prever nosso futuro?

     
 

RESPOSTA:

No Talmud várias vezes é citado que "os observadores de estrelas" previam o futuro, influenciando a vida das pessoas.

Os comentaristas da Torá nos ensinam que ainda no Egito, quando o povo de Israel era escravo, os astrólogos já tinham prestígio. Desde os primórdios, os sábios, judeus e não-judeus, já sabiam que os astros não se encontram "jogados" no cosmo; cada um possui seu lugar e motivo para ali estar e influenciam, de certa forma, o comportamento dos habitantes na Terra.

A verdade é que o Criador do Universo e de todos os astros estabeleceu e organizou-os de forma a demonstrar apenas qual é a situação nos mundos superiores e, de vez em quando, até indicam os planos para o futuro, num âmbito superior, ou seja, apenas prestam um serviço de informação àqueles que conseguem entendê-los.

Vários povos idólatras entretanto, supervalorizavam os astros acreditando em seu poder de influenciar e mudar a vida das pessoas. Por isso, os adoravam, oferecendo-lhes sacrifícios e oferendas, reproduzindo suas imagens em estátuas. No entanto, ao usarmos a lógica, entendemos que um amontoado de pedras não tem condições de escolher seu caminho e fixar sua própria elipse, quanto menos influenciar e decidir sobre a vida de seres humanos.
Podemos comparar este assunto a um escultor que esculpe uma bela obra de arte usando uma simples machadinha. Ao observar a escultura jamais diríamos: "Quão inteligente é a machadinha que fez a escultura." Semelhantemente, os astros são apenas "instrumentos" na mão do Criador para indicar Sua vontade.

O Talmud declara: "En mazal leyisrael", "Não existem signos para o povo de Israel". Isto significa que o programa "escrito" nas estrelas e nos astros não, obrigatoriamente, fixa nosso destino, nem de forma geral, nem particular.

O mazal (sorte) da pessoa está ligado a data de seu aniversário judaico, ocasião em que torna-se mais forte e reluz a partir do nível supra consciente da raiz de sua alma, até a consciência de sua alma. O mazal lhe dá força para utilizar ao máximo seu poder de livre arbítrio.

Em seu livro Etz Chaim, o Arizal explica que a astrologia atinge apenas um determinado nível das doze constelações ou signos da astrologia, mas que há muitos níveis acima deste. O mais elevado de todos os níveis são as doze permutações do nome de D'us, Havaya (Tetragrama); o nível a que está conectado o povo judeu. Por estar conectado a este nível, eles têm o poder de recriar (o nome Havaya significa "criação contínua").

Encontramos no Talmud várias histórias que relatam que astrólogos prediziam que certa desgraça ocorreria com tal pessoa e, através de um bom ato ou oração, burlaram tal profecia. Nem sempre as interpretações dos astrólogos são verdadeiras, pois podem se enganar.

Consta no Talmud que os astrólogos "viram" que Moshê (Moisés) seria castigado na água, por isso o Faraó decretou que todo menino judeu que nascesse deveria ser jogado às águas do Nilo. Na realidade, Moshê foi impedido de entrar em Israel, 120 anos depois, por ter batido na pedra para extrair água, e não falado conforme ordenado por D'us. Este foi o sinal dos astros que não foi compreendido. Previram também que haveria sangue e morte para o povo de Israel no deserto. Antes de entrar em Israel, o povo todo submeteu-se à circuncisão e foi este o sangue que as estrelas revelaram.

O Talmud conta que astrólogos disseram a determinada mãe que seu filho seria ladrão. Ela perguntou aos sábios como deveria agir. Responderam que deveria sempre cobrir a cabeça do menino para que tivesse temor a D'us. E assim o fez. Certa vez, a kipá (solidéu) voou de sua cabeça e o menino imediatamente subiu numa árvore, numa propriedade de estranhos, e apanhou um fruto. No entanto, quando cresceu, se transformou num grande sábio.

Destes e outros fatos podemos depreender o que os sábios nos disseram: "Estamos acima de tais predições."

 
   
   
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