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Aprecio
as suas modernas interpretações do Judaísmo bíblico.
Porém parece-me que você escolhe os mandamentos que ainda
são relevantes, e simplesmente ignora os primitivos. Por exemplo,
a Torá ordena que os israelitas empreendam uma guerra eterna contra
a nação de Amalec, e os elimine totalmente. Se a palavra
de D'us é eterna, por que vocês não são armados
e procuram amalequitas para exterminar?
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RESPOSTA:
Por Aron Moss
Tenho boas notícias para você – eu procuro, sim, os
amalequitas. Cá entre nós, até matei alguns. Você
deveria tentar, não é tão ruim quanto parece. Ninguém
se machuca, é ótimo. Mas primeiro você precisa identificar
quem Amalec realmente é.
Amalec foi uma antiga nação do Oriente Médio que
tinha um ódio inato por Israel. Os amalequitas aproveitavam qualquer
oportunidade para atacar os judeus, sem qualquer motivo. Não houve
uma disputa por terra ou provocação que causasse esse ódio
– era uma necessidade patológica intrínseca de destruir
o povo de D'us. Este tipo de ódio não pode ser combatido
pela diplomacia. Não havia a opção de reeducar os
amalequitas ou rever seu currículo escolar. Seu ódio não
era ensinado – era inerente. Desde que houvesse um amalequita caminhando
pela terra, nenhum judeu estava a salvo. Era um caso claro de matar ou
ser morto. Um judeu tinha de levar a ordem de matar Amalec literalmente
– sua vida dependia disso.
Com o tempo, a nação amalequita assimilou-se aos povos ao
redor. Seu ódio inato tornou-se diluído à medida
que sua identidade nacional se dissolvia, e a ordem de matá-los
tornou-se impossível de cumprir. Isso não foi um acidente
ou destino. O D'us que escreveu a Torá também é o
Autor da História. Ele decidiu que tinha chegado a hora de este
comando não ser mais aplicado no sentido literal. Era tempo de
o povo judeu seguir em frente.
Porém isso não significa que Amalec desapareceu. Amalec
está vivo e bem hoje, embora numa forma diferente. Não sendo
mais uma nação estrangeira, o Amalec de hoje é um
inimigo interno. Cada um de nós tem um amalequita espreitando dentro
de si. O Amalec interior é o cinismo profano. A vozinha dentro
de cada um de nós que despreza e ataca a verdade e a bondade; nossa
tendência irracional de zombar das pessoas que agem moralmente,
de sermos cínicos quando vemos o altruísmo, de duvidar da
sinceridade dos outros – estes são os amalequitas de hoje.
Eles lutam uma guerra letal contra nossa alma. Se deixarmos, o cinismo
pode matar toda tentativa nossa de melhorarmos e lançar por terra
todo movimento que fizermos no sentido de refinar nosso caráter
e expressar nossa alma.
Existe apenas uma resposta eficaz aos ataques de Amalec: a aniquilação.
Não contra-argumente, pois isso não funciona. O poder do
cinismo é ser irracional. O mais inspirador, elevado e profundo
momento de despertar espiritual pode ser dispensado num instante pelas
tiradas sarcásticas de Amalec. Os argumentos mais lógicos
e profundos podem ser rechaçados com suas respostas rápidas:
"Cai na real!" ou "Está brincando?" ou então
"Ei, você se acha grande coisa?" Não há
resposta para este tipo de baixaria. Você não consegue lutar
contra o cinismo usando a razão. Apenas livre-se dele. Sem diálogo.
Sem compromisso. Apague-o da face da sua alma.
Da próxima vez que o seu cinismo amalequita levantar sua feia cabeça,
esmague-a. Derrote-a com as armas dele. Faça coisas boas sem nenhum
motivo. Seja bom sem explicação. Ame seu próximo
irracionalmente. Seja o herói de sua própria batalha interior,
e liberte sua alma cativa – acabe com um amalequita hoje.
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