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Se
uma pessoa tem um caso com uma pessoa casada e esta resulta
numa gravidez e um deles, para preservar seu casamento, deseja optar pelo
aborto, como fica esta situação perante o judaísmo? |
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RESPOSTA:
Segundo
o judaísmo, o aborto não é uma opção.
A não ser em casos extremos e raros, como doenças ou perigo
de vida para a mãe, onde um rabino sempre deverá ser consultado,
não se permite o aborto em nenhuma instância. Isto porque
o feto já é considerado um ser vivo, que possui alma. Impedir
um aborto é equivalente a salvar uma vida. O fato da criança
estar ainda na barriga da mãe em nada altera a proibição
de tirarem-lhe a vida.
Uma criança que foi concebida fora do casamento é considerada
um mamzer, ou bastardo. No que se refere à relação
dos pais com o filho nascido fora do casamento, não há diferença
nenhuma: eles têm a mesma obrigação de cuidar dele
e zelar por seu bem como para qualquer filho.
No entanto, um filho mamzer, ou bastardo, encontrará dificuldades
em sua
vida. De acordo com o judaísmo, a relação fora do
casamento deve ser algo
impensável. O lar é o núcleo da vida judaica, e deve
ser permeado por
lealdade e amor. Um filho nascido de uma relação extra-matrimonial
carrega a
marca das circunstâncias nas quais foi gerado. O mamzer possui restrições
quanto a pessoas com quem poderá casar.
Cabe aos adultos o dever de manterem-se fiéis e honestos dentro
do seu
casamento, não só pela obrigação religiosa
e moral, mas inclusive pelo dever de zelar pelo destino de uma criança
para que não seja concebida, fruto de uma relação
ilícita.
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