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RESPOSTA:
Não
há um estudo específico de cores no judaísmo, mas
a especificação delas para objetos de diferentes finalidades,
conforme encontramos citados na Torá.
A construção do Mishcan (Tabernáculo) é descrita,
em detalhes nos fornecendo uma visão magnífica de sua beleza,
conectada com a finalidade espiritual de cada objeto ali cuidadosamente
colocado. "E farás um véu de estôfo de lã
azul-celeste, e púrpura, e carmesim, e linho torcido; obra de artista
fa-lo-ás, com querubins." (Êxodo; Parashá Terumá
26-31).
Outra passagem que fala de cores é sobre um peixe que existia chamado
chilyiazon do qual era extraído uma substância azul-celeste
utilizada para tingir a ponta dos tsitsit (franjas). Um pequeno manto
de quatro pontas nas quais pendem franjas sobre as bordas das vestes,
que lembram as 613 mitsvot, preceitos da Torá.
O Cohen-Gadol vestia roupas especiais, incluindo túnicas, manto,
lâmina de ouro, e efod, que consistia em um peitoral contendo 12
pedras que correspondiam às 12 tribos de Israel: da direita para
a esquerda, de cima para baixo, alinhadas de três em três,
num total de 4 grupos: esmeralda (Levi), topázio (Shimon), Rubi
(Reuven), diamante (Zebulun), safira (Yizachar), carbúnculo (Yehuda),
ametista (Gad), Ágata (Naftali), Opala (Dan), Jaspe (Biniamin),
Onix (Yossef) e Crisólito (Asher). A beleza de toda a indumentária
possuia um significado profundo e uma conexão entre o físico
e espiritual, que iam muito além da maravilhosa visão colorida
destes ornamentos.
Alguns fatos curiosos é que o preto no judaísmo, por exemplo,
não significa luto, e até ao contrário, não
se costuma usá-lo para indicar este estado.
Há o costume de usar roupas brancas no dia de Yom Kipur, Dia do
Perdão, em alusão aos anjos, isentos de pecados. Neste dia
queremos ser perdoados por nossas falhas e dedicamos o dia apenas a preces
e ao jejum, nos comparando aos anjos, que não precisam de bebidas,
nem alimentos, e dedicam-se apenas a servir ao Criador.
As cores contribuem essencialmente para a diversidade do mundo em uma
explosão de beleza. D'us criou e nos legou o universo, nos confiando
este verdadeiro tesouro. É nossa responsabilidade respeitá-lo
e preservá-lo para que possamos continuar a desfrutá-lo
e sermos dignos de tê-lo recebido.
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