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Tu Bishvat, 15 de Shevat no
calendário judaico, é o dia que assinala o início
de um "Ano Novo das Árvores." Essa é a estação
na qual os primeiros brotos das árvores na Terra Santa emergem
de seu sono invernal, e começam um novo ciclo de produção
frutífera.
Legalmente, o "Ano Novo das Árvores" está relacionado
aos vários dízimos que devem ser separados da produção
cultivada na Terra Santa. Estes dízimos diferem de ano para ano
no ciclo Shemitá de sete anos; o ponto no qual o rebento de fruta
é considerado como pertencendo ao próximo ano do ciclo é
15 de Shevat.
Celebramos o dia de Tu Bishvat comendo várias espécies de
frutas, algumas da nova estação. Especificamente é
costume comer dos frutos pelos quais a Terra de Israel é enaltecida,
"Os Sete Tipos"(duas espécies de grãos e cinco
de frutas) que são destacados na Torá em seu louvor à
fartura da Terra Santa, conforme mencionados no versículo da Torá:
"Uma terra de trigo e cevada, uva, figo e romã; uma terra
de azeitona e mel (de tâmaras)."
Este dia possui um significado especial, pois o ser humano é comparado
à árvore, conforme escrito na Torá: "Pois o
homem é como uma árvore no campo" (Devarim 20:19),
e refletimos sobre as lições que podemos extrair de nossa
análoga botânica.
Uma árvore brota a partir de uma semente; cresce, atinge a maturidade,
dá frutos, e de suas sementes outras árvores crescem, frutificam-se,
etc. Assim também é o ciclo da vida humana.
O embrião se desenvolve, nasce, cresce e amadurece e, com o passar
dos anos, o ser humano se reproduz. Os frutos do judeu são Torá
e mitsvot. Assim como árvores brotam a partir de uma semente, também
deve-se assegurar que mais judeus cresçam espiritualmente, gerando
seus próprios frutos. Um judeu não pode se contentar apenas
com sua colheita espiritual e sim, deve aproximar outros de sua herança.
Uma árvore é parte do reino vegetal. Plantas, ao contrário
dos animais, morrem se forem desenraizadas do solo; sobrevivem apenas
quando continuam recebendo nutrientes da fonte. Um judeu, também,
subsiste e cresce espiritualmente apenas quando ligado a sua fonte: Torá
e judaísmo. Não é suficiente estudar Torá
ou cumprir mitsvot uma só vez; é preciso receber constantemente
alimento da fonte. E da vida.
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