Chuva e orvalho
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Na festa de Shemini Atsêret, o serviço de Mussaf (Prece Adicional) começa com uma bênção especial com pedidos pela chuva. Desde aquela época, e durante os meses de inverno, até o primeiro dia de Pêssach, pronunciamos na Amidá as palavras "Mashiv haruach umorid hagueshem" - "Aquele que faz o vento soprar e a chuva cair".

No primeiro dia de Pêssach, uma prece similar por tal, orvalho, é recitada, e do primeiro dia de Pêssach em diante, durante todo os meses de verão, as palavras "Mashiv haruach...", são substituídas pelas palavras "Morid hatal" - "Aquele que faz cair o orvalho".

A razão para estas preces especiais é bem compreensível. Os meses de inverno na Terra de Israel formam a estação chuvosa, e toda a vida do país depende da chuva. Se cai chuva na época apropriada e em quantidade suficiente, o solo irrigado produz frutas e colheitas abundantes; caso contrário, o país está fadado à fome e à escassez.

Durante os meses de verão não há chuva; é a estação seca. Nestes meses, a terra ficaria completamente ressecada, a camada superior do solo se transformaria em pó e seria levada pelo vento. A terra se tornaria um deserto estéril se não fosse pelo orvalho que cai no solo frio ensopando a terra com a umidade suave do orvalho, e que cintila sob os primeiros raios de sol da manhã.

Assim, a chuva no inverno, e o orvalho no verão, são vitais para sustentar a vida. E como os judeus reconhecem que D'us é o Dono do mundo, que domina o vento e as nuvens, que faz chover quando e onde deseja, nos voltamos para Ele através de nossas preces; chuva em Shemini Atsêret, no início do inverno; orvalho em Pêssach na primavera, no início do verão.

     
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