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Quarenta e nove dias separam
Pêssach de Shavuot. Mas esse período de sete semanas não
é algo comum. É na verdade um elo que une estas duas festas.
Cada um desses dias é contado em ordem progressiva. Em cada uma
destas quarenta e nove noites, cada judeu deve recitar uma bênção
especial (encontrada no Sidur, livro de orações) e, em seguida,
verbaliza o número do dia.
Essa contagem, chamada "Sefirat Ha'Omer" (a Contagem do Ômer),
expressa a vontade e expectativa de cada judeu em receber a Torá
em Shavuot, quarenta e nove dias depois de vivenciar a libertação
celebrada em Pêssach. Este período é um momento de
refinamento e introspecção pessoal em preparação
ao recebimento da Torá
O mandamento da contagem do Ômer encontra-se na Torá, no
livro Vayicrá (23:15): "E contareis para vós desde
o dia seguinte ao primeiro dia festivo, desde o dia em que tiveres trazido
o “ômer” da movimentação; sete semanas
completas serão.”
O ômer era uma medida (cerca de dois quartos) de cevada que os judeus
levavam como oferenda ao Templo Sagrado de Jerusalém, no segundo
dia de Pêssach e contavam então a partir daí, cada
dia do ômer, culminando no dia 6 de Sivan, Shavuot.
Mesmo após a destruição do Templo esta tradição
da contagem do ômer continua sendo realizada até hoje.
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