__5. Maguid
 
Narração
 

O segundo copo é enchido (mas só se beberá dele no final da narração) e inicia-se a narração da Hagadá com as palavras “Hê lachmá anyá…”, quando se aponta à matsá central partida, ao descobrir parcialmente as matsot, cuja tradução é a que segue:

 

“Este é o pão da pobreza que nossos antepassados comeram na terra do Egito. Quem tem fome que venha e coma; todo o necessitado que venha e festeje o sêder de Pêssach. Este anos (estamos) aqui; no ano que vem na terra de Israel. Este ano (somos) escravos, no ano que vem homens livres.”

As crianças fazem a milenar pergunta "Má Nishtaná Halaila Hazê Micol Haleilot?”, “Por que esta noite é diferente de todas as outras noites?” cantando na íntegra:

"Má nishtaná haláyla hazê micol halelot?

Shebechol halelot ên ánu matbilín afilu páam echat?

Haláyla hazê shetê peamím.

Shebechol halelot ánu ochlín, chamêts o matsá?

Haláyla hazê culô matsá.

Shebechol halelot ánu ochlín, shear yeracot?

Halayla hazê maror.

Shebechól halelót ánu ochlín, ben yoshevín ubên messubín?

Haláyla hazê culánu messubin".

“Em que difere esta noite de todas as outras noites? Pois em todas as noites não mergulhamos alimentos sequer uma vez; porém nesta noite, duas vezes!

“Pois em todas as noites comemos chamêts ou matsá, porém nesta noite, somente matsá!

“Pois em todas as noites comemos diversas verduras, porém nesta noite, maror!

“Pois em todas as noites comemos sentados ou reclinados, (porém) nesta noite todos nós reclinamos!”

Seguindo o texto da Hagadá chegamos à resposta para estas perguntas. A narração inclui uma breve revisão da história do povo judeu, do sofrimento na escravidão e dos milagres que o Todo-Poderoso realizou para trazer a redenção.

É importante relatar o significado de três conceitos fundamentais desta noite: Pêssach, Matsá e Maror. Pêssach significa que D-us pulou as casas dos judeus durante a praga dos primogênitos. Matsá nos lembra que não houve tempo para a massa fermentar, tal era a pressa do Todo-Poderoso para promover o Êxodo do Egito. Maror (ervas amargas) nos lembra do amargo sofrimento da escravidão da qual D-us nos libertou.

Ao recitar as dez pragas e suas iniciais, derramam-se gotas de vinho num recipiente lascado (demonstrando que nossa alegria, representada pelo vinho, não está completa quando inclui o sofrimento de seres humanos, embora se tratando de nossos inimigos). Torna-se a encher os copos logo em seguida.

   
 
 
     
top