|
Lag
B’Omer é o yahrtzeit (aniversário de falecimento)
de Rabi Shimon bar Yochai, um dos mais notáveis sábios do
Talmud. É famoso como autor do Zohar, o texto fundamental da Cabalá,
que nos ensina sobre o misticismo judaico. Foi naquele dia, seu último
dia, que ele revelou o segredo dos segredos que ilimunaria nosso mundo
como jamais ocorrera antes. Com a revelação vem a libertação
– especialmente se os segredos são a respeito do quanto D'us
ama Seus filhos. Eu deveria ter sabido isso antes, mas nunca com tanta
clareza e detalhes.
Há diferentes motivações para ocultar as coisas.
Rabi Shimon precisava de permissão do alto para revelar aquilo
que revelou. O mundo não estava preparado para as verdades fortemente
cegantes da Cabalá até aquela época. Portanto nos
alegramos porque o mundo chegou ao ponto de ter um mestre como Rabi Shimon,
a quem D'us confiou a tarefa de abrir os portões do misticismo.
Mas então há uma outra motivação para guardar
um segredo, uma motivação que não é divinamente
sancionada. Meus amigos em recuperação têm um ditado
que fala sobre isso: “Somos tão doentes quanto os nossos
segredos.”
Manter este tipo de segredos escondendo-os, ficando isolados ou afastados
aumentará a vergonha que nos impede de crescer. É o fungo
da alma que prospera na escuridão. O mestre chassídico Rabi
Elimelech recomenda que tenhamos um amigo em quem possamos confiar, e
a quem possamos revelar nossos segredos bem como nossas ações.
O supremo segredo é que existe um Pai amoroso no Céu que
está constantemente nos recriando. Somos preciosos, imperfeitos
e valiosos além da nossa mais louca imaginação. Isso
deve ser exposto não somente ao mundo, mas especialmente àqueles
que estão tão ocupados ficando em guarda, temerosos de se
expor, dizendo a si mesmos: “Se eles soubessem quem realmente sou,
então me rejeitariam. A falsa verdade é que invisto tanto
da minha vida em esconder-me porque não tenho muito valor.”
Quando dita a um amigo, então a verdade real tem uma chance de
ficar exposta. O medo de ser descoberto pode ser assustador. Que alívio,
que senso de libertação ao dizer isso para alguém.
Estou finalmente livre do medo que me mantém sozinho.
Neste lag B’Omer, celebre a revelação do seu segredo!
|
|