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O grande e famoso Beit Yossef
pergunta: se o pote de azeite encontrado na história de Chanucá
dava para uma noite e no fim durou oito, não deveríamos
festejar apenas sete dias ao invés de oito?
Talvez possamos acrescentar mais uma resposta além das tantas que
já foram dadas. Imaginemos por um momento a cena no Templo na hora
de descobrir o pote. Ninguém sabia que o milagre ocorreria, e pelas
leis naturais, no dia seguinte, deixariam de acender o candelabro. Então,
com certeza, muitas vozes, inclusive religiosas, falaram para não
começar hoje e parar amanhã; vamos esperar até termos
azeite suficiente e não parar mais. Mas os macabeus disseram: temos
para agora, então vamos começar!
É essa coragem que festejamos na primeira noite, e é por
isso que os festejos totalizam oito dias.
Na vida judaica não podemos esperar, não é como na
vida particular, se surgir uma oportunidade para fazer o bem, de iluminar
a escuridão, que a aproveitemos. Quando se trata de salvar almas
devemos agarrar qualquer chance. Essa é a receita de Chabad no
mundo e aqui no Brasil.
Precisamos ter a coragem de começar daqueles macabeus, e ignorar
vozes que dizem para esperar (ou que são contrárias). Nossa
missão é a de acender “velas”, e o tempo mostra
que uma pequena vela transforma-se em uma luz muito forte. Quando se trata
de salvar pessoas que se desviam da nossa herança, e foi D’us
que as trouxe no nosso caminho, devemos agir com rapidez, fé e
coragem.
Agradecemos ao Criador por toda Sua bondade e a todos que acreditaram
e acreditam no trabalho de Chabad. A todos que reacenderam a chama adormecida
e a fizeram brilhar novamente aqui, em todos os cantos do Brasil como
no mundo inteiro; eles são a maior prova de que a receita deu certo
e que a luz se propagou.
Feliz Chanucá a todos! |
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