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  Quebrar recordes
  Por Rabino David Azulay  
 

Em todos os eventos esportivos realizados a meta, além de vencer, é bater recordes.

Superar os limites da capacidade humana, quebrar as barreiras do tempo, da força, da distância… é um desafio a cada prova para que os atletas mostrem aquilo que o corpo é capaz de fazer. Porém, não vejo nestas promoções esportivas, verdadeiros espetáculos, nenhuma prova que mostre os “limites” da alma. E não haverá, pois quando termina cada competição, seja as Olimpíadas, Campeonato de Futebol ou de Fórmula Um, nossa vida continua.

Poderíamos comparar nossa vida a uma competição onde os atletas somos nós (apesar do peso) e nosso objetivo é superar os limites da alma.

Como disse um grande sábio, é mais difícil mudar um traço do caráter que estudar a Torá inteira. Em outras palavras, é preciso mais esforço para o refinamento do caráter que para bater o recorde do salto em altura; é mais difícil “derrubar” os sentimentos da inveja e do ódio que derrubar o adversário no tapume. É mais difícil correr para fazer o bem e a caridade que bater o recorde dos 100 metros rasos ou enterrar a bola no gol dezenas de vezes até eliminar o adversário em jogo de final de copa.

Em resumo, superar os limites da alma não é tarefa simples, mas é nosso desafio diário. Aliás, foi esta a grande vitória alcançada pelos macabeus contra os helênicos, que cultuavam o corpo, na história de Chanucá.

A Torá nos ensina que a alma possui poderes transcendentais; como bons atletas, devemos exercitá-los, e então acenderemos a tocha e chegaremos lá!

   
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