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Ano
de Hakhel, Reunião.
De onde surgiu esta definição?
Nos tempos antigos, quando o Bet Hamicdash estava de pé sobre o
Monte do Templo, o povo judeu convergia a Jerusalém uma vez a cada
sete anos para cumprir a mitsvá de Hakhel. Ali, enquanto o rei
lia passagens selecionadas da Torá, eles todos reviviam a experiência
da Outorga da Torá no Sinai. Então eles estavam prontos
a regressar para suas casas, tendo revitalizado sua reverência pelo
Doador da Torá.
No entanto, o Bet Hamicdash foi destruído. Passaram-se 1900 anos,
e mesmo nos círculos observantes a mitsvá de Hakhel pouco
era mencionada.
Então, no ano 5741 (1980), Hakhel voltou à vida. Naquele
ano, pela primeira vez, o Rebe pronunciou uma sichá após
Maariv todas as noites de Sucot. Inspirando-se nos mananciais da Chassidut,
o Rebe explicou o que torna Sucot a Época do nosso Júbilo.
Assim que a palestra terminava, noite após noite, todos os chassidim
presentes saíam e dançavam com alegria nas ruas de Crown
Heights. Esta seqüência se tornou um costume anual.
Com a aproximação de Sucot sete anos depois, em 5748 (1987),
o tema de Hakhel apareceu com destaque em muitas das palestras e cartas
do Rebe. Como resposta, houve uma entusiasmada antecipação
de Sucot, e um número ainda maior de chassidim que o usual, de
todas as partes do mundo, decidiu passar o mês de Tishrei no 770.
Durante aquele período, como era previsível, o Rebe exigia
ação. Especificamente, ele insistia com seus ouvintes para
aprenderem uma lição com a mitsvá de Hakhel –
fazer contato com os irmãos judeus e reuni-los em locais apropriados
para ensinar-lhes Torá e instilar neles a reverência a D’us.
As diretrizes do Rebe emitidas naquelas ocasiões foram resumidas
e publicadas em 5748.
O ano que se aproxima 5769 será novamente um ano de Hakhel e nele,
além de realizarmos grandes sonhos, ansiaremos pelo supremo Hakhel,
quando, juntamente com todos os nossos irmãos e irmãs, nos
reuniremos no Terceiro Bet Hamicdash e saciaremos nossa sede com os ensinamentos
de Torá através de Mashiach.
Um Sabor do Sinai
Sichot em Inglês
Nos tempos antigos, quando o Bet Hamicdash estava de pé sobre o
Monte do Templo, o povo judeu convergia a Jerusalém uma vez a cada
sete anos – além das três festas de peregrinação
a cada ano – para cumprir a mitsvá de Hakhel. Ali, enquanto
o rei lia passagens selecionadas da Torá, eles todos reviviam a
experiência da Outorga da Torá no Sinai. Então eles
estavam prontos a regressar para suas casas, tendo revitalizado sua reverência
pelo Doador da Torá.
A Torá é eterna. Assim, mesmo quando a estrutura física
do Bet Hamicdash não está mais visível no Monte do
Templo, a mensagem espiritual da reunião de Hakhel continua eternamente
a inspirar os judeus em todas as partes do mundo.
Hoje, também, esta mensagem pode ser transmitida a todos.
Unidade Judaica
Além disso, a maciça reunião de todo o povo judeu
– homens, mulheres e crianças – os fundia numa só
comunidade unida. E um fator proeminente que os unificava era o fato de
que Hakhel inspirava reverência a D’us.
Quando se trata de conhecimento e compreensão da Torá, há
judeus em todos os níveis. Quando falamos de reverência,
no entanto, todos os judeus estão no mesmo nível de humildade.
A reverência provoca auto-anulação: à medida
que pessoas de diferentes níveis se tornam cada vez mais conscientes
da impressionante presença de D’us, elas se tornam menos
preocupadas com o próprio valor individual e status relativo.
Este foi o grau de reverência que a revelação da Divindade
no Sinai provocou. Ecoando esta experiência, a meta da reunião
de Hakhel não era tanto aumentar o conhecimento como alimentar
a reverência e o temor a D’us. E, assim como no Sinai, esta
reverência diminuía as preocupações das pessoas
com suas diferenças individuais e valor relativo, e juntava todos
os níveis e todos os tipos de judeus.
Na assembléia de Hakhel a Torá não era lida ao povo
por membros do Sanhedrin, que normalmente seriam responsáveis por
ensinar a eles. Era lida pelo rei, pois é o temor a D’us
que é ensinado em Hakhel, e somente o rei, perante quem o povo
se colocava em reverência e temor, podia levá-los à
submissão sincera. Além disso, como o rei é o “coração
da congregação de Israel”, é ele que os funde
numa unidade coesa, imbuindo-os com o temor a D’us e a aceitação
do jugo dos Céus.
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