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Até
o sepultamento, deve-se dar aos enlutados plena vazão a sua aflição
e dor, e não se deve oferecer condolências.
A exibição do morto num caixão aberto é considerada
pela tradição como uma desonra e um desrespeito ao falecido;
embora a intenção desta prática seja honrosa, ela
é rejeitada pelos valores judaico. Por isso, tão logo é
constatado o óbito, o corpo é coberto com um lençol.
No recinto em que se encontrar o corpo ou o caixão, deve-se acender
velas no castiçal e mantê-las acesas até a saída
do féretro. As pessoas devem recitar Salmos (o costume é
falar principalmente os Salmos 33, 16, 17, 72, 91, 104, 130 e estrofes
alfabéticas do 119 que compõe o nome judaico do falecido)
em intenção à alma do falecido, mencionar as virtudes
e as boas obras dele e manter no ambiente um clima de circunspecção
e sobriedade.
O corpo não deve ser deixado sozinho, nem à noite, e é
proibido comer, beber, ou fumar no recinto em que este se encontrar.
No tocante ao envoi de flores, este é um procedimento não
contumaz no judaísmo; flores ou coroas de flores que porventura
sejam enviadas em honra do falecido (principalmente por nnao judeus),
devem ser aceitas mas não colocadas sobre o caixão ou levadas
ao cemiterio, e sim solocadas numa sala próxima ao velório.
A maior honra (cavod) que os amigos e parentes podem manifestar nesta
ocasião, além de suas presenças, é o ato de
fazer donativos às entidades de beneficencia em nome do falecido
e pelo repouso de sua alma, pois a caridade proporciona conforto espiritual
à alma perante D’us.
Acompanhar um cortejo fúnebre (Levaiá) e levar um morto
à sua última morada é um dever tão sagrado
que permite, ate mesmo, em alguns casos, interromper o estudo da torá.
O carro que transporta o feeretro para o cemitério deve ir à
frente; nele devem ir também correligionários para evitar
que o corpo fique sozinho.
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