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1. Quem é judeu?
Resposta:
Nos últimos 3300 anos, a definição universal aceita
por todos os judeus, sem exceção, é a da Halachá
(Lei Tradicional da Torá):
a) Qualquer pessoa nascida de mãe
judia é um judeu.
b) Um não-judeu pode ser convertido para se tornar judeu, mas
somente de acordo com as condições da halachá,
incluindo circuncisão (para o homem), imersão num micvê
casher e a aceitação de todos os mandamentos da Torá.
Outra condição haláchica: a conversão deve
ser supervisionada por um Bet Din (corte de Lei da Torá), de
eruditos da Torá, que se sujeitam à autoridade Divina
da Halachá e a seguem em suas vidas cotidianas.
2. Pode qualquer não-judeu
se tornar judeu?
Resposta; Sim! Desde que seja sincero com o seu compromisso
e o Bet Din estiver convencido de sua sinceridade.
3. Esta é a única maneira de se tornar judeu?
Resposta: Sim. Este padrão haláchico tem sido aceito através
da história judaica por todos os judeus, sem exceção,
observantes ou não da Torá, pelo seu bisavô tanto
quanto pelo meu.
David Ben Gurion, o primeiro Chefe de Estado de Israel, judeu tão
secular quanto possível, compreendeu em seu entendimento de Estadista
que só pode existir um padrão de Halachá, e preservou
o antiquíssimo “status quo”. Consequentemente, o
único padrão para a conversão em Israel (como em
todos os assuntos religiosos, casamentos, divórcios, etc), sempre
foi o tradicional haláchico.
Um assunto tão sério e profundo como conversão
ao judaísmo obviamente exige um critério sério
e universalmente aceito, pelo qual medir sua autenticidade.
4. A Halachá aceita conversões do movimento Reformista
ou Conservador?
Resposta: A Halachá só reconhece uma conversão
quando realizada de acordo com todas as suas regras. Mas isto não
é uma questão de Ortodoxo em contra partida a Conservador
ou Reformista. O que conta aqui não é o rótulo
que se tenta dar a um determinado grupo, mas o processo da própria
conversão: se um rabino ortodoxo realiza uma conversão
não totalmente de acordo com a Halachá, então essa
conversão não será reconhecida pela Halachá.
A Halachá é o critério exclusivo para determinar
como e quando um não-judeu pode se tornar judeu, como tem sido
nos últimos 3300 anos.
5. Por que os judeus que aceitam a Halachá não
são tolerantes com os outros padrões?
Resposta: Os judeus sempre acreditaram que a Halachá,
como parte da Torá, foi dada por D’us. Alguém que
acredita nisto, obviamente não pode aceitar concessões
numa questão tão fundamental. Ou o processo da conversão
é realizado de acordo com a Halachá e é portanto
sancionada por D’us, ou ela não concorda com a Halachá
e permanece obra humana.
Conversão implica numa mudança espiritual, por isso, para
um judeu que acredita na origem Divina da Halachá a conversão
só pode ser feita de acordo com as condições da
Lei de D’us. Qualque outra fdorma ou “formula” é
desprovida de sentido.
6. A insistência no padrão haláchico não
divide nosso povo?
Resposta; Pelo contrário, ela é a única
maneira de unir nosso povo. Insistir no contrario é demagógico
e deliberadamente enganoso. Para capacitar um não-judeu a se
tornar um membro do povo judeu, somente um padrão de conversão
tem sido aceito e ainda o é por todos os judeus sem exceção
– o Haláchico. Mesmo aqueles que não se sentem obrigados
pela Halachá ainda aceitam como judeus aqueles convertidos pelo
padrão haláchico.
Uma simples analogia: certa vez perguntaram a Golda Meir por que as
Forças Armadas de Israel só serviam alimentos casher,
se há muitos soldados que não observam a cashrut. “Se
a comida é casher”, ela respondeu, “aqueles que não
se importam com a cashrut não perdem nada ao comê-la. Mas
se a comida não for casher, aqueles que guardam cashrut serão
forçados a ir a outro lugar…” Obviamente, um soldado
que não observa cashrut, de modo algum compromete seus princípios
ao comer alimentos casher.
No nosso caso também, judeus que não se sentem obrigados
pela Halachá podem ainda, em nome da unidade judaica, viver com
o padrão estabelecido pela Torá para a conversão.
7. Os judeus ortodoxos consideram os outros judeus plenamente
judeus?
Resposta: Absolutamente! Qualquer um nascido de mãe
judia permanece por toda a vida um membro total e completo do povo judeu,
independente dos seus atos ou práticas, opiniões ou afiliações.
Independente das suas ações, opiniões ou graus
de comprometimento, todo e qualquer judeu é nosso irmão
ou irmã em todos os aspectos. Isso está declarado no Talmud
e reiterado nos Códigos da Lei haláchica de Maimônides,
o Shulchan Aruch, etc.
De acordo com a Torá, todo judeu, sem exceção,
tem valor intrínseco e é um componente essencial do povo
judeu, sem o qual a nação inteira não pode realizar
seu pleno potencial.
8. Por que há uma ênfase tão grande a não
realização de casamentos mistos?
Resposta: Permanecemos muito firmes nesta questão, pois
o que mais tem afastado nosso povo de suas raizes é o casamento
misto e a assimilação. Nossa batalha é conservar
dentro de cada judeu a chama judaica viva. Cada judeu é valioso,
independente de quem seja. Temos a obrigação de lutar
com todas nossas forcças pela sua sobrevivência, não
apenas material mas espiritual. O que tem nos mantido vivos até
hoje é a não assimilação e a transmissão
de nossos valores em todas as gerações. Todo e qualquer
judeu vale esta batalha! |