Muitos países e líderes mundiais costumam acusar Israel
de dar resposta desproporcional às agressões do Hizbollah
no Líbano e do Hamas em Gaza. Mas as agências noticiosas
que repercutem as notícias quando Israel é atacado agora
não mencionam a “resposta desproporcional” ao sofrimento
humano.
Israel, uma nação de 7,5 milhões de pessoas, enviou
220 pessoas que incluíam equipes médicas, e instalou o
maior hospital de campo do Haiti, tratando de 500 pessoas por dia. Também
mandou uma equipe experiente de busca e resgate, testada em prévios
desastres de terremotos como em Gujarat na India, na Turquia, e nos
bombardeios do Kenya. Em meio à esmagadora morte e destruição
que tornou-se o Haiti, há muitos israelenses que vieram para
salvar vidas e oferecer todo tipo de ajuda.
Dois Jumbos 747 desceram em Porto Príncipe menos de 48 horas
após o terremoto e o hospital de campanha estava em condições
operacionais 8 horas após o desembarque. A El Al enviou seus
aviões levando 250 profissionais da saúde - médicos,
enfermeiros, técnicos de laboratório e raio-x e até
mesmo um psiquiatra - e suprimentos para o primeiro hospital móvel,
incluindo uma farmácia, um centro cirúrgico, e uma maternidade.
Uma jovem mãe haitiana, a primeira a dar a luz após a
tragédia, nomeou seu filho Israel.
As maiores redes de TV do mundo divulgaram matérias enfatizando
a funcionalidade do hospital israelense, para o qual foram e estão
sendo encaminhados os pacientes mais graves.
A Grã Bretanha mandou 64 bombeiros e 8 voluntários com
a promessa de U$ 10 milhões. A China, com uma população
de 1.325.639.982 pessoas, mandou 50 homens especializados em resgate
(e 7 jornalistas!). Muitas nações ricas enviaram dinheiro.
Logo após um novo terremoto de magnitude 6.1, os serviços
médicos de emergência de Israel atenderam 2 crianças
resgatadas por uma equipe de Bombeiros de NY. As vítimas, um
menino de 8 e uma menina de 12 anos, são parte dos 383 pacientes
tratados até agora, muitos deles crianças. Foram realizadas
perto de 140 cirurgias e 7 crianças nasceram no hospital. Um
cidadão libanês também foi atendido.
O Ministério de Relações Exteriores está
enviando uma equipe de policiais para ajudar as forças de segurança
da ONU e ao mesmo tempo um grupo da organização “Magen
David Adom” de medicina de emergência e resgate juntou-se
à Cruz Vermelha que já está atuando em Porto Príncipe,
em um hospital de campanha montado no campus da Universidade.
Além de auxiliar no atendimento médico, a equipe da MDA
proporcionará apoio psicológico e social às vítimas.
O chefe da equipe disse: “Mesmo horas de treinamentos e exercícios
não preparam nenhuma pessoa para a impressionante escala da destruição
que estamos testemunhando e nem nos permite enfrentar o sentimento de
impotência quando nos deparamos com as expectativas da população
local”.
Membros do ZAKA, organização israelense ultra-ortodoxa
de resgate voluntário, no Shabat, trabalharam escavando sob os
escombros de um prédio universitário assim que ouviram
gritos. Depois de muitas horas de esforços, conseguiram retirar
oito estudantes vivos debaixo dos entulhos.
Estes membros do ZAKA reservaram então um intervalo, em meio
ao caos, para envolverem-se em seus talitot, xales especiais de oração,
e recitar as preces de Shabat. Sem dúvida, a maioria, se não
todos os haitianos que estavam na cena, jamais haviam presenciado tal
visão.
Quando os homens acabaram de rezar, uma multidão de pessoas aglomerou-se
em torno deles beijando seus talitot.
De acordo com um relato, o chefe da missão ZAKA, Mati Goldstein
disse: "Com todo o inferno lá fora, mesmo quando as coisas
pioram o judaísmo declara que devemos respirar fundo e continuar
salvando mais pessoas.
"Fizemos de tudo para salvar vidas, apesar do Shabat. As pessoas
perguntavam: 'Por que você está aqui? Não há
judeus aqui', mas nós estamos aqui porque a Torá nos ordena
salvar vidas ..."
A um certo ponto, quando as coisas pioraram, Goldstein informou que
um membro da missão começou a cantar, “Heveinu Shalom
Aleichem” (Nós trazemos a paz para vocês) e neste
momento as lágrimas transbordaram seus olhos.
A missão ZAKA vai ficar no Haiti mais alguns dias, mesmo que
até certo ponto, seja muito improvável que alguém
ainda se encontre vivo sob os escombros.
A resposta “desproporcional” de Israel pode ser entendida
através da declaração do Primeiro Ministro, Benjamin
Netanyahu: “Apesar de sermos um pequeno país, respondemos
com um grande coração. Esta é uma demonstração
de nossa herança judaica e da ética judaica de ajudar
ao próximo”.