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  O que é Emuná?
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  Por Yanki Tauber – Baseado nos ensinamentos do Rebe
 

Além da Crença
Emuná geralmente é traduzida como fé.

Estamos acostumados a pensar na fé como uma estratégia para pessoas que não podem pensar por si mesmas. “O tolo acredita em tudo”, escreve Shelomô, “o sábio entende.” Emuná, no entanto, é uma convicção inata, uma percepção da verdade que transcende, e não escapa à razão. Bem ao contrário; sabedoria, entendimento e conhecimento podem ampliar ainda mais a emuná.

Apesar disso, emuná não é baseada na razão. A razão jamais pode atingir a certeza da emuná, pois, razoavelmente falando, um raciocínio ainda maior poderia sempre vir junto e provar que seus motivos estão errados. Dessa maneira, emuná é semelhante a ver em primeira mão: a razão pode ajudar você a entender aquilo que vê, mas será difícil convencer você de que nunca viu aquilo. Assim também, a emuná resiste mesmo quando a razão não consegue captar.

Como testá-la

Falando na praticamente, alguém pode ter fé porque não está interessado ou é incapaz de raciocinar por si mesmo. Portanto, sua fé não pertence a ele; está simplesmente confiando em outros. Quando alguém tem uma profunda emuná em alguma verdade, sente que essa verdade é como parte de sua própria essência e do seu ser.

O teste de tornassol seria um caso de martírio. Um indivíduo com fé sub-raciocal pode ou não decidir dar a vida pela sua fé. Um indivíduo com emuná supra-racional não vê escolha; negar sua emuná é negar a quintessência de seu ser.

Como chegar lá
A emuná é inata, porém pode ser aumentada através do estudo, experiência e razão. Sem essa nutrição, a emuná da pessoa pode permanecer divorciada de sua atitude e ações. O Talmud descreve a cena de um ladrão, que também acredita em D'us. Na hora de forçar uma entrada para roubar, quando eles está a ponto de arriscar a vida – e a vida de sua vítima – eles grita com sinceridade: “D'us, me ajuda!”

O ladrão tem fé de que há um D'us que ouve seus gritos, porém não entende que este D'us pode provê-lo sem que ele precise negar a vontade de D'us roubando de outros. Para que a emuná o afete dessa maneira ele precisa de estudo e contemplação.

Considera-se que os estudos que mais enriquecem a emuná são o Midrash e a Cabalá. Os cabalistas do período após o exílio espanhol (Século Dezesseis) apresentaram essas ideias numa forma mais racional. A Chassidut Chabad, uma abordagem fundada por Rabi Shneur Zalman de Liadi ao final do Século Dezoito, é uma extensão dessa tendência, levando o âmbito da emuná em maior proximidade do raciocínio humano – e permitindo que a razão humana vislumbre o transcendente âmbito da emuná.

Porém a maior vitamina que você pode proporcionar à emuná é o simples exercício. Na verdade, um artesão é chamado em hebraico de um “uman” – porque ele praticou seu ofício repetidamente até se tornar natural para ele. Assim também, a emuná cresce e se aprofunda à medida que você se acostuma a ver todos os fenômenos da vida como manifestações da presença e glória do Criador. Além disso a emuná é enriquecida ao ser testada e passar naqueles testes onde você faz sacrifícios na vida em prol da sua emuná.

 

 

 
   
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