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Todos
sabemos o que ele faz, mas sabemos o que ele diz?
Rezamos por ele, tornamo-nos escravos dele, devotamos os nossos melhores
anos e nossa capacidade para adquiri-lo. E depois o culpamos por todos
os nossos males.
Especificamente, duas acusações básicas são
levantadas contra o dólar:
a – Ele usurpou a posição – antes ocupada pelo
espiritual, pelo transcendente e pelo divino – do esforço
mais elevado do ser humano e da suprema autoridade em sua vida. Neste
dia e nesta era, o dólar é idolatrado.
b – É a causa de divisão e conflito. Coloca irmão
contra irmão, vizinho contra vizinho, nação contra
nação. Na verdade, praticamente todos os conflitos são
conflitos entre os-que-têm e os-que-não-têm. E o que
aqueles que-têm têm, que os que-não-têm não
tenham? Dinheiro.
Porém a culpa é realmente do dólar? Um pedaço
de papel branco e verde medindo catorze por seis centímetros deve
ser culpado pelo fato de termos transformado o supremo meio no supremo
fim? Culpado porque a cola social mais potente é usada para construir
muros de hostilidade e fortalezas de isolamento?
O que diz o próprio dólar sobre seus usos pervertidos?
Pela Divina Providência, os desenhistas do dólar inscreveram
nesta cédula duas frases chave. A primeira, que se estende acima
do "UM" grande em seu verso, está "Confiamos em
D’us". Não sou eu, diz o dólar, que posso lhe
dar consolo pelo sofrimento da vida e segurança contra suas incertezas;
não sou eu que devo servir como objeto de seus anseios e o foco
de seu esforço. Não confie em mim – confie em D’us.
Não sirva a mim – use-me para servir a D’us.
A segunda frase, inscrita na face do Grande Selo dos Estados Unidos reproduzida
à direita, está "E pluribus unum" (Muitos em um).
Sim, o mundo que percebemos com nossos olhos físicos é um
mundo plural, de grande variedade e diversidade. Porém nossa missão
na vida é transformar os muito em um, unir estas forças
diversas numa expressão harmoniosa da unicidade do Criador.
As pessoas são diferentes – dotadas com talentos, recursos
e oportunidades diversos. O dinheiro pode aprofundar estas diferenças,
quando é usado para entesourar riqueza, conquistar privilégios
e explorar os necessitados. Porém o dinheiro é muito mais
apropriado para unir e igualar. É o supremo nivelador, convertendo
bens, talento e trabalho em ações que podem facilmente ser
comercializadas e divididas. É um meio para a generosidade e cooperação
entre homens e nações, e consolida recursos para um fim
comum.
Da próxima vez que você tiver um dólar em mãos,
reserve um instante para ler as letras miúdas.
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