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Em
pé perto da porta da frente de sua casa, você escuta alguém
exclamar em surpresa: "estas árvores floresceram durante a
noite, Tenho certeza de que estas flores não estavam aqui ontem."
Você se pergunta: "Hmmm, as flores estavam ali ontem? Não
podem ter aparecido da noite para o dia. Talvez eu não as tenha
visto!"
Da próxima vez, é você quem se pergunta como apareceu
aquela casa no terreno da esquina, vazio durante anos. Ela parece ter
surgido do nada. Ora, você passa por ali diariamente e nunca a tinha
visto antes.
Ao passar pelos corredores do supermercado com sua lista de compras na
mão, você pára em frente do café. "Quando
o café ficou tão caro" – você pensa. Talvez
você compre café tão raramente que nem notou a subida
dos preços.
Anoitece lentamente, embora de repente você perceba que não
há mais luz lá fora. A luz passa pelas frestas de sua janela,
o dia amanhece. Mas a escuridão não estava envolvendo o
mundo apenas há alguns instantes?
Daqui a instantes nós judeus estaremos todos chorando, de Jerusalém
ao Japão, da Austrália à Índia, em todos os
cantos do planeta, a destruição do Templo Sagrado nesta
data de Tishá Be Av. E no próximo instante, logo no dia
seguinte, levantaremos de nossos acentos dando continuidade a nossa vida.
Este fenômeno é comum a muitas experiências da vida;
embora ocorrendo em horas, semanas, meses ou mesmo no decorrer de anos,
eles parecem manifestar-se de repente em sua plenitude perante nossos
próprios olhos.
A imagem visual e verbal que muitos têm sobre esta data nos arremessa
para outra esfera: a da Era Messiânica, somos levados repentinamente
do anoitecer ao "alvorecer" de uma nova era, um mundo melhor,
um mundo perfeito. Não é para menos que o nascer do sol
parece ser uma ilustração adequada deste conceito.
Muitas fontes judaicas discutem como a Era Messiânica se materializará:
Mashiach virá montado num jumento ou em nuvens de glória;
D’us promete que a Redenção do povo judeu e do mundo
todo virá "a seu tempo", mas que Ele "a apressará".
O Talmud nos diz que se virmos determinado comportamento e atitudes invadindo
a sociedade (o que já ocorre atualmente), devemos "escutar
os passos de Mashiach". O Rebe declarou que o tempo da Redenção
já chegou, se abrirmos os olhos poderemos ver que a mesa está
literalmente arrumada para o banquete messiânico; tudo que precisamos
é saudar Mashiach. Agora, temos de passar pelo portal e entrar
na verdadeira Redenção.
Isso parece ser contraditório entre as fontes, mesmo dentro de
uma fonte específica, porque o movimento rumo à Redenção
não é necessariamente percebido. Mas está acontecendo.
Desde a criação do mundo há cerca de 6.000 anos,
quando o espírito de D’us pairou sobre as águas (e
como explicam os comentários, o "espírito" é
o de Mashiach) temos nos aproximado de Mashiach e da Redenção.
O tempo para a Redenção, como declarou o Rebe, chegou. E
o Rebe nos deixou a visão do alvorecer (não apenas o dia,
mas o verdadeiro processo do alvorecer) da Redenção com
uma clareza de percepção e visão que a maioria de
nós não possui. O que podemos e devemos fazer é nos
unirmos agora a esta nova era.
Podemos fazer isso incorporando em nossa vida, nesse exato momento, como
estaremos naturalmente vivendo muito em breve: realizando atos adicionais
de bondade e generosidade; estudando mais Torá; vivendo mais plenamente
no modo de vida judaico; tentando ver a mão de D’us em toda
parte. Certamente agindo desta forma estaremos muito mais próximos
de perceber e viver definitivamente estas transformações.
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