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Se o seu bebê
não olha para você quando você fala com ele…
Se ele não tenta brincar com jogos que outros bebês da sua
idade estão jogando…
Se ele raramente sorri…
Se ele aponta para as coisas que quer em vez de falar com você…
Se ele pega os brinquedos de vez em quando mas faz a mesma coisa com eles
repetidas vezes…
Se ele tem ataques de fúria extrema…
Estes são apenas alguns sinais de que seu filho pode ter autismo.
Somente uma ou duas características não significam que seu
filho é autista, mas todas juntas podem provocar dúvidas
e precisar de uma avaliação profissional feita por um especialista.
Autismo é uma palavra assustadora para os pais. Crianças
podem ter, adultos podem ter. Mas o que é? Por que acontece? E
como se cuida de um filho autista?
Para começar. O autismo não é apenas um único
distúrbio. Na verdade é um de cinco diferentes distúrbios
neurológicos que se classificam na categoria de Distúrbios
Comportamentais Invasivos. O DSM-IV-TR declara que esse conjunto de distúrbios
é um atraso grave e invasivo em numerosas áreas de desenvolvimento.
Os cinco distúrbios desse grupo são: Autismo, Distúrbio
de Asperger, Distúrbio Infantil Desintegrante, Distúrbio
de Rett e Distúrbio Não-Identificado.
Segundo o Centro de Prevenção e Controle de Doenças,
um em cada 250 nascimentos resulta em autismo, significando que cerca
de 1,5 milhão de americanos têm algum tipo de distúrbio.
O Departamento de Educação sugere que o número está
aumentando, e que na próxima década, somente nos Estados
Unidos haverá mais de 4 milhões de casos.
O autismo ocorre com maior frequência em meninos que em meninas,
e pode afetar qualquer pessoa, independentemente de raça, renda,
educação ou estilo de vida. É visto com frequência
como um distúrbio misterioso com origens desconhecidas. Embora
não se saiba a causa exata do autismo, acredita-se que seja provocado
pela estrutura ou função cerebral anormal. Estudos mostram
que há uma diferença entre a estrutura cerebral em crianças
autistas e não-autistas.
Pesquisadores estudam constantemente algumas teorias relacionadas à
genética, hereditariedade, ambientais, e história de problemas
médicos para ajudar a determinar a causa exata, e existe ainda
uma teoria nova e controversa sugerindo que as vacinações
infantis estejam ligadas ao crescente número de casos de autismo.
Mitos associados ao autismo
- É que crianças com autismo não
fazem contato visual. Fazem com frequência, mas pode não
ser tão frequente quanto as outras crianças, ou tanto
quanto os pais gostariam.
- É que crianças com autismo não
riem nem sorriem. Muitas crianças autistas sorriem.
- É que crianças autistas não demonstram
afeição nem emoção, embora na verdade, muitas
mostrem uma gama de emoções a outros e ao ambiente, sejam
emoções negativas ou positivas.
- É que crianças autistas não conseguem
se comunicar. Algumas o fazem, em diferentes níveis. Algumas
falam muito bem, outras se comunicam por meio de desenhos ou sinais.
Sinais e Sintomas
Algumas crianças autistas são tão impassíveis
que parecem ser surdas, enquanto outras têm apenas uma pequena demora
na fala e no desenvolvimento social. Os sinais e sintomas do autismo variam
de leves a graves e podem demonstrar algumas ou todas as características.
O autismo pode ou não ser evidente em crianças até
as idades de 2 a 6 anos, mas as características podem ser notadas
quando ainda bebês. Outra característica é a comunicação.
Crianças autistas às vezes falam “perto” das
pessoas, em vez “com as pessoas”, e falam uma frase atrás
da outra, em vez de dialogar com os outros. Pode parecer que estão
fixadas num único assunto e falarão sem parar sobre aquilo.
Crianças autistas parecem ser apegadas a hábitos. Gostam
de movimentos e frases contínuos e repetidos. Balançam e
giram brinquedos e objetos repetidamente. Apreciam fazer a mesma coisa
da mesma maneira o tempo todo.
Algumas crianças autistas batem a cabeça no chão
ou na parede, e até infligem auto-ferimentos. Com frequência
expressam suas necessidades em maneiras não-verbais: apontando,
gesticulando, agarrando, gritando. Parecem estar aborrecidas sem motivo
aparente. Algumas crianças autistas parecem contentes quando estão
sozinhas, e até parecem ficar distantes ou desinteressadas em socializar
com os outros.
Ataques de fúria, falta de afeição e pouco contato
visual também são traços comuns do autismo. Podem
surgir padrões de fala ou de brincadeiras pouco usuais, juntamente
com fixação em objetos, brinquedos ou outros itens da casa.
Quando reagem à dor, crianças autistas podem ser muito sensíveis
a ela, ou não sensíveis o suficiente, e podem não
demonstrar um senso adequado de medo ou perigo. Podem também ser
hiper-insensíveis a estímulos como visões, sons,
cheiros e toque.
Podem ser hiperativas ou inativas, e inconsistentes tanto em talento motor,
sejam básicos ou refinados. A porcentagem de crianças autistas
que desenvolvem epilepsia é de 20 a 30, e crianças cujo
talento verbal diminui até se deteriorar antes dos 3 anos de idade
correm risco de terem ataques ou epilepsia. Adolescentes autistas ocasionalmente
têm depressão ou dificuldades comportamentais.
Existe uma bateria de testes que apontam ou excluem outras causas para
esses sintomas. Não há um teste médico específico
para autismo. O diagnóstico é baseado em diversos fatores,
incluindo comportamento, talentos verbais e motores, comunicação
e desenvolvimento. Como os sintomas são tão relacionados
com outros distúrbios, é feita uma bateria de testes que
apontam ou excluem outras causas para esses sintomas.
Os pais podem, a princípio, acreditar que o filho está mostrando
sinais de retardamento mental, surdez ou outros distúrbios comportamentais
ou psicológicos. Sim, algumas crianças autistas podem ter
retardamento mental ou problemas psicológicos, mas isto não
é necessariamente resultado do autismo. Uma avaliação
cuidadosa e o histórico dado pelos pais são fatores importantes
para ajudar no diagnóstico do autismo.
O diagnóstico precoce é importante para o desenvolvimento,
educação, tratamento e funcionamento da criança autista.
Tratamento
Embora não se conheça cura para o autismo, a estratégia
de lidar com a doença inclui cuidar dos sintomas com terapia, intervenção
comportamental e apoio familiar, dentro e fora de casa. O tratamento busca
melhorar a interação social prejudicada, problemas com comunicação
verbal e não-verbal, e repetição obsessiva de rotinas
e interesses. |