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Salmo 20
Ao mestre do canto, um salmo de David. Que o Eterno te responda no dia
da tua atribulação e te traga a um refúgio seguro
o Nome do Deus de Jacob. Que de Seu Santuário te envie auxílio,
e que de Tsión te traga amparo. Que com prazer aceite todas as
tuas oferendas. Conceda o desejo de teu coração e realize
teus desígnios. Que nos rejubilemos com Tua vitória e ergamos
estandartes em Nome do nosso Deus. Atenda o Eterno a todos os teus anseios.
Agora sei que o Eterno trará vitória a Seu ungido; Ele lhe
responderá de Seu Santuário Celeste com a força salvadora
da Sua destra. Alguns confiam em carros, outros em cavalos, mas nós,
somente no Nome do Eterno, nosso Deus. Aqueles caem e sucumbem, mas nós
nos erguemos e nos revigoramos. Salva-nos, ó Eterno! Responde-nos,
ó nosso Rei, no dia em que Te invocarmos!
Salmo 22
Ao mestre do canto, acompanhado por “Aiélet Hashachar”,
um salmo de David. Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? Por que
deixaste tão distante minha salvação e ignoraste
meu gemido angustiado? De dia clamo e à noite não silencio,
e Tu não me escutas. Mas Tu és o Santo, e a Ti se dirigem
os louvores de Israel! Em Ti confiaram nossos patriarcas, confiaram plenamente
e Tu os resgataste. Clamaram a Ti e foram salvos; em Ti acreditaram e
não foram desiludidos. Quanto a mim, sou como um verme e não
homem, opróbrio da plebe, vergonha do povo. Zombam de mim os que
me fitam, riem e meneiam ironicamente suas cabeças. Dizem-me, porém,
confia no Eterno! Ele o redimirá, Ele lhe trará salvação,
porque nele se compraz. Tu me tiraste do ventre materno e me fizeste sentir
seguro, contra seu peito. Desde meu nascimento, em Teus braços
fui entregue; mesmo antes de nascer, já eras meu Deus. Não
Te afastes de mim, porque muito próxima está a aflição
e não há quem me proteja, senão Tu. Touros furiosos
me cercaram, touros do Bashan me rodearam. Abriram contra mim suas bocas
como um leão que estraçalha e ruge. Sinto-me como água
derramada que não pode voltar a seu recipiente, meus ossos fraquejam;
meu coração parece ser de cera, de tal forma se derrete
dentro de mim. Minha força secou como a argila, minha língua
está colada ao paladar e me deitaste no pó da morte. Cães
me cercam, uma turba de perversos me rodeia, atacam meus pés e
minhas mãos como se fora um leão. Verifico como estão
meus ossos enquanto eles me observam e tripudiam. Minhas roupas, entre
si repartem, minhas vestimentas sorteiam. Mas Tu, ó Eterno, eu
te peço, não Te afastes de mim; ó minha Força,
apressa-Te e vem em meu auxílio! Salva minha alma da espada, minha
vida das presas dos sabujos. Livra-me da boca do leão, resgata-me
dos chifres dos touros selvagens. Então, a salvo, proclamarei Teu
Nome a meus irmãos e louvarte-te-ei do seio da multidão!
Vós que sois a semente de Jacob, honrai-O! Reverenciai-O todos
vós, descendentes de Israel. Porquanto não desprezou nem
ignorou a angústia do aflito e dele não escondeu Sua face
e atendeu a sua prece. Graças a Ti poderei proclamar meu louvor
às multidões; cumprirei minhas promessas na presença
daqueles que O temem. Os humildes hão de comer e se fartar; os
que buscam o Eterno hão de louvá-lo e vida perene terão
seus corações. Dos confins da terra, todos a Ti se voltarão
com compreensão e ante Ti se curvarão todas as famílias
das nações. Pois só do Eterno é a realeza
e Seu é o domínio sobre todos os povos. Comerão todos
os povos a fartura da terra e ante Ele se prostrarão; reverenciá-lo-ão
os que retornam do pó, mas então já será tarde
porque suas almas não fará viver. Da descendência
dos que O servem, de geração em geração, será
relatada a magnificência de Sua glória. Anunciarão
às gerações vindouras a bondade de seus feitos.
Salmo 69
Ao mestre do canto, sobre “Shoshanim”, um salmo de David.
Salva-me, ó Eterno, pois as águas que me cercam tanto subiram
que alcançaram até a minha alma. Fui tragado por um lamaçal
profundo onde não consigo alcançar pé; um turbilhão
me arrastou para as profundezas. De tanto clamar por socorro, se ressecou
minha garganta, se embaçaram meus olhos e se fatigou meu corpo,
enquanto aguardo pela ajuda de meu Deus. Mais numerosos que meus cabelos
são os que sem motivo me odeiam, e, continuamente, multiplica-
se o número dos que me querem destruir; a inimigos caluniadores
terei que pagar o que alegam, sem que eu nunca os tivesse roubado. Ó
Eterno, bem conheces minhas fraquezas e de Ti não estão
ocultas minhas culpas. Entretanto, não permita que eu venha a ser
a causa de humilhações para aqueles que têm fé
em Ti, ó Eterno, Deus das Legiões. Que não sejam
por mim envergonhados os que Te procuram, ó Deus de Israel! Por
amor a Ti suportei ultrajes e meu rosto, de vergonha, se toldou. Perante
meus irmãos pareci ser um estranho, um estrangeiro entre os filhos
de minha mãe. Consumiu-me o fervor que dedico à Tua casa,
e sobre mim recaíram os vitupérios dos que Te insultam.
Com jejum e lágrimas afligi minha alma, e isto mais os afrontou.
Com uma mortalha me cobri e perante eles pareci burlesco. Murmuram contra
mim os que se reúnem nas portas da cidade, e tema de zombaria me
tornei para as canções dos bêbados. Que seja uma hora
favorável aquela em que a Ti dirijo minha prece, ó Eterno.
Escuta-me com a imensidão de Tua misericórdia e responde-me
segundo a bondade de Tua salvação. Resgata-me do lamaçal
para que eu nele não pereça; salva-me de meus detratores
e das profundezas das águas. Que eu não seja arrastado por
seu turbilhão, nem tragado pelo abismo, e que tampouco se feche
sobre mim a boca do poço onde caí. Responde-me, Eterno,
pois incomensurável é Tua benevolência; volta-Te para
mim com a grandeza de Tua magnanimidade e não ocultes de Teu servo
Tua Face; responde-me de pronto, pois estou muito angustiado Faze com
que de Ti se aproxime minha alma, redime-a e salva-me de meus inimigos,
pois sabes da vergonha e do infortúnio que me fazem passar. Partiu-se
meu coração ante tanta humilhação e me sinto
gravemente enfermo. Procurei alguém que se compadecesse de mim
e me confortasse, mas a ninguém encontrei. Ao contrário,
põem veneno em meu alimento e vinagre oferecem para mitigar minha
sede. Que, em retribuição, se transforme sua mesa em armadilha,
sua paz em emboscada. Que se turve sua vista e que trema sem alívio
seu corpo. Derrama sobre eles Tua indignação e que sejam
acossados por Tua ira. Que ejam destruídos seus palácios
e que fiquem desertas suas tendas. Pois a nação que Tu castigaste,
se arrogaram o direito de perseguir e se gabaram como se fossem os autores
do sofrimento que provocaste. Agrega iniqüidade à sua iniqüidade
e que não mereçam usufruir de Tua justiça. Que tenham
seus nomes apagados do Livro da Vida, e jamais sejam inscritos entre os
justos. Quanto a mim, estou aflito e dolorido agora, mas Tua salvação
há de me elevar acima de qualquer sofrimento. Em cânticos,
então, louvarei o Nome do Eterno, e em meus agradecimentos O exaltarei.
Serei mais prazeroso para o Eterno que a mais perfeita oferenda de todo
o passado. Alegrar-se-ão os humildes e animar-se-ão os corações
dos que buscam a Deus, porque perceberão que o Eterno ouve os necessitados
e não despreza os alquebrados. Louvá-Lo-ão os céus
e a terra, os mares e todos os seus habitantes, porquanto o Eterno redimirá
Tsión e reedificará as idades de Judá. Nela habitará
seu povo em tranquilidade e segurança, e a seus descendentes a
entregarão or herança. Sim! A semente dos servos do Eterno
a herdarão e nela habitarão os que amam o Seu santo Nome.
Salmo 150
Louvado seja o Eterno! Vinde louvá-Lo em Seu santuário;
louvai-O diante do firmamento, onde se manifesta Seu poder. Louvai-O pela
grandeza dos Seus atos, louvai-O como deve ser louvado por Sua extraordinária
dimensão. Louvai-O ao som do Shofar; louvai-O com o saltério
e a harpa. Louvai-O com melodias e ritmo; louvai-O com a música
de órgãos e flautas. Louvai-O com o clangor de címbalos;
louvai-O com altissonantes trombetas. Que todos os seres vivos louvem
ao Eterno! Louvado seja o Eterno! Haleluiá! |