Foguete Palestino Leva a Vida de Três Israelenses
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  Por Sima Borkovski e Yehuda Sugar
 

Enquanto a Força Aérea Israelense continuava a Operação Pilar de Defesa na quinta-feira, atingindo mais de 320 alvos terroristas na Faixa de Gaza controlada pelo Hamas, foguetes inimigos continuavam a chover sobre centros civis, fazendo cidadãos se esconderem em abrigos, matando três moradores de Kiryat Malachi, e inflingindo danos num raio de 40 quilômetros. As escolas da área cancelaram as aulas, e entrou em efeito o estado de alerta.

Pouco depois da 8 da manhã na quinta-feira, a crescente barragem de ataques de mísseis contra Israel se tornou fatal, levando a vida de três moradores do bairro Nachlat Har Chabad de Kyriat Malachi, Rabino Aharon Smadja, 50 anos, Yitschok Amsalem, 24 anos, e Mira Scharf, uma mãe de 25 anos que estava envolvida nos esforços educativos judaicos em Nova Deli, India, morreram instantaneamente quando um foguete palestino atirado da Faixa de Gaza atingiu o prédio onde moravam.

O marido de Scharf, Rabi Shmuel Scharf, ficou em condição moderada após o ataque, mas o filho do casal, de quatro anos, estava em estado grave. Suas filhas de dois anos e de oito meses estavam estáveis. Scharf estava grávida de sete meses quando foi morta. No total, sete pessoas ficaram feridas na explosão, uma das centenas no sul de Israel desde que os palestinos voltaram a atacar civis há vários dias. Mais seis pessoas em Kiryat Malachi foram tratadas por estarem em choque.

“Esta é a primeira vez que caem foguetes em Kiryat Malachi”, diz Nechami, mãe de quatro filhos, que mora no edifício que foi atingido. “Não temos aposentos seguros para nos esconder, portanto tudo que podemos fazer é sair para os corredores do prédio e esperar.

“O primeiro alarme foi acionado às 8h03 da manhã,” continuou ela. “Meu marido estava na sinagoga e eu estava em casa sozinha com meus filhos. Esperei para ouvir o som de um estouro, e então de repente o escutei muito alto, e percebi que nosso prédio fora atingido. A próxima coisa que ouvi foram gritos vindos dos andares de cima e comecei a entender que o horror tinha chegado em casa.”

Nechami, que conhecia as três vítimas, disse que a esposa e filhos de Smadja sobreviveram, mas que o rabino, bastante conhecido na comunidade pela sua bondade, foi ao apartamento de um vizinho para ajudá-lo a evacuar e foi instantaneamente morto pelo míssil.

Smadja, cujo funeral foi marcado para a noite de quinta-feira em Nachlat Har Chabad, também deixou três filhos. O funeral de Scharf foi marcado para a noite de quinta-feira em Jerusalém. “Não posso imaginar que ela morreu”, disse Sara Bracha Kaufman, de 12 anos, que se lembra de Scharf por uma palestra que ela fez na sua escola em Beitar. “Não pude acreditar quando minha irmã me contou. Estou em choque e realmente triste.”

“Meus filhos e eu estamos apavorados depois que isto aconteceu”, disse a mulher, que estava deixando a cidade para ficar com a família em Lod. “Eles não me deixam por um segundo. Tento ser forte por eles, mas não consigo aceitar essa horrível catástrofe. Temos de confiar em D'us e esperar o melhor.”

Meir Ashkenazi, voluntário do serviço paramédico Magen David Adom, mora perto do edifício. Smadja era seu melhor amigo. “É um grande desastre para a nossa comunidade,” disse ele. “Ainda não sei como podemos enfrentar essa terrível situação.”

Haaretz relatou hoje que Amsalem tinha trabalhado num banco local, mas nos últimos meses tinha retornado à observância judaica e começado a estudar na yeshivá local. Quando o alarme soou, relatou sua mãe, ela tentou fazer com que ele fosse para a escadaria, que servia como espaço protetor no edifício, mas ele quis tentar fotografar o sistema Iron Dome interceptando os mísseis que chegavam. Ele estava na entrada quando o míssil atingiu o prédio.

Rabino Yitschok Yehuda Yaroslavsky, rabino chefe de Kiryat Malachi, disse numa voz triste que as pessoas de sua cidade encontrariam uma maneira de passar por isso.

“Quando somos defrontados por uma grande tragédia, tudo que podemos fazer é encontrar força dentro de nós mesmos para ficarmos mais fortes,” disse ele. “Devemos todos trabalhar juntos como se fôssemos um só, e confiar que D'us nos ajudará a passar por esses tempos horríveis .”

 

 

   
   
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