Lágrimas e Apreensão na Terra Santa
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  Por Sara Esther Crispe
 

Às 2h da manhã vi online que havia um "tzeva Adom" (alerta vermelho) através da sirene que despertou os habitantes de Ashdod, os quais tiveram apenas 15 segundos para entrar no abrigo anti bombardeio mais próximo. Imediatamente liguei para uma de minhas amigas mais próximas, uma mulher que cuidou de meus filhos quando vivíamos em Israel, e que acabou tornando-se como uma irmã para mim. Ela respondeu com uma voz trêmula relatando que durante toda a noite, ela e seu marido tiveram que acordar seus dois filhos pequenos, ela grávida de sete meses, descer as escadas, pisando nas pedras frias da construção do abrigo anti bombas que ficava no porão. Acalmaram por inúmeras vezes os gritos aterrorizados de seus filhos assustados com toda a situação. Eles foram alguns dos que tiveram a soret de poder chegar ao abrigo.

Infelizmente, Mira Sharf, uma jovem de 25 anos, grávida de sete meses e mãe de duas filhas, não teve a mesma sorte. Ela ao lado de seu marido eram shluchim de Chabad e muito ativos na comunidade judaica de Nova Deli, Índia.

Estavam na cidade de Kiryat Malachi, local onde nunca havia sido alvo de ataques terroristas antes, portanto, não tão bem preparado para reagir a magnitude do ódio e da destruição que estava caindo sobre sua população.

Mira não conseguiu, mesmo correndo, descer as escadas com a rapidez necessária carregando seus três filhos para o abrigo e acabou sendo assassinada. Seu marido ficou gravemente ferido e um de seus filhos filhos está em estado crítico.

Outra das vítimas, Ahron Smagda, conseguiu proteger toda sua família colocando-a no abrigo, mas ao tentar assegurar a vida da família Sharf com seus pequenos, acabou sendo morto. Smagda e sua esposa esperaram 14 anos para poder ter seus próprios filhos. Foram abençoados com gêmeos, e, recentemente, oito anos depois, com uma menina. Smagda serviu no exército israelense e era muito querido por toda a comunidade. As criancas o conheciam como o "homem dos doces", poise le distribuía guloseimas em troca de bom comportamento.

A terceira vítima tinha 22 anos de idade, Yitzchak Amselam. Até o momento, ainda não sabemos muito sobre este jovem precocemente levado deste mundo.

Há exatamente quatro anos, nesta mesma data Rosh Chodesh Kislêv, lamentamos a trágica morte do casal de shluchim em Mumbai, Rabino Gabi e Rivky Holtzberg, brutalmente assassinados ao lado de outros quatro judeus inocentes dentro do Beit Chabad. Já passamos por muitas perdas e mortes. Estamos infelizmente bem familiarizados com elas. Mas temos e iremos sobreviver e nos fortalecer e superar estes momentos tão imensamente tristes e trágicos para todos.

Nossos irmãos e irmãs estão sendo implacavelmente atacados. E a dor é insuportável. Mas eu sei que cada oração única, cada mitsvá que realizamos tem a capacidade de chacoalhar, perfura os céus e, de alguma forma, cosmicamente eu, você, todos nós juntos e unidos, jamais iremos saber o quanto serao capazes de atrair a paz e apoio a dor e ao sofrimento pelo qual nossos irmãos estão passando.

Vamos continuar a rezar para a recuperação imediata do marido de Mira e de seus filhos:

Shmuel ben Chaya Sarah

Yosef Yitschac ben Mira Rut

Chana bat Mira Rut

Geulah bat Mira Rut


Vamos todos juntos rezar e pedir para que D’us proteja todos os nossos irmãos em Israel para que permaneçam seguros em Sua Terra, e que Ele abençoe nossos amados e corajosos soldados em sua missão humanitária de proteger vidas inocentes. E que eles também possam sair ilesos.

 

 

   
   
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