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  As Diferentes Preces de Kadish
 
Por Dovid Zaklikowski
 

A prece kadish, que se traduz literalmente como uma prece para santificar o Bome de D'us, é provavelmente uma das preces judaicas mais conhecidas. O kadish básico inlcui louvor a D'us e Sua elevação, e uma expressão do nosso anseio pela suprema redenção da humanidade, quando a soberania de D'us será aparente em nossa vida diária.

A prece kadish é acrescentada ao serviço regular de prece somente quando há um minyan, um quorum de dez homens rezando juntos. Como parte das nossas preces diárias, há quatro tipos diferentes1 de preces kadish:

1 – O “Meio Kadish” ou chatzi kadish
É composto de várias linhas começando com “Que o grande nome [de D'us] seja exaltado e sagrado…” O meio kadish é recitado por aquele que lidera a prece, e após cada estrofe a congregação diz Amen, que significa “correto, ou “deveria ser assim”. No meio da prece, a congregação inteira diz em uníssono: “O grande nome de D'us deve ser abençoado para sempre e por toda a eternidade.”

O meio kadish é dito quando a comunidade completa determinadas seções do serviço de prece, porém ainda não completou o serviço. Por exemplo, dizemos entre os “Versículos de Louvor: e as bênçãos antes da prece shema, bem como após ler do Rolo de Torá, e assim por diante.2

2 – O “Kadish Completo”, kadish shalem ou kadish titkabel.
Isso é dito pela pessoa que lidera as preces após completar a Amidah, a “prece em pé”,3 e as preces e súplicas logo após ela.

Há dois versículos adicionais pedindo a D'us que aceite nossas preces: “Que as nossas preces e as de toda a comunidade sejam aceitas perante nosso Pai no céu…”4 e um pedido pela paz no mundo.

3 – O Kadish dos Enlutados” ou Kadish yatom.
Isto inclui tudo desde o “Kadish Completo” além do versículo sobre a ceitacao da prece e é dito logo após as porções independentes da prece, como a Canção do Dia. Isto era tradicionalmente designado para ser recitado por quem está de luto.

Um “enlutado” é aquele que está ranteando o falecimento de um dos pais, por onze meses,5 ou alguém que comemora o aniversário judaico de falecimento de um aprente, o yahrtzeit.A santificação do nome de D'us que é feita pelo filho do falecido recitando o kadish traz grande satisfação e elevação da alma, a neshamá, no céu, Ajuda a alma na purificação dos erros que possa ter cometido no mundo físico, e a eleva a níveis mais altos no Jardim do Éden, o que chamamos de “Paraíso”.6

Quando não há enlutados na sinagoga, alguém cujos pais não estejam mais vivos recita esse kadish.7

4 – O Kadish do Aprendiz”, ou kadish derabanan.
Isso é recitado após uma seção do serviço de prece que inclui um trecho de ensinamentos rabínicos, especialmente um que explica versículos bíblicos.8

A prece kadish acrescenta o seguinte ao “Meio Kadish”:
“Que haja paz abundante do Céu, graça, bondade, compaixão, vida longa, amplo sustento e alívio para todos aqueles que se ocupam no estudo de Torá…”

Quando houver um enlutado na sinagoga, ele deveria dizer este kadish também. Quando não houver, o líder das preces deve recitá-lo.9


Notas:

1 – Há um quinto kadish que é recitado após o enterro que fala sobre a Ressurreição dos Mortos.
2 – Veja Rabi Shneur Zalman de Liadi, Código da Lei Judaica, Orach Chayim 55:1
3 – Também conhecido como Shemonei Esrei.
4 – Veja Maimônides, Mishneh Torá, seder tefilot, Nusach Hakadish.
5 – Se não houver filho, outro membro da família deve dizê-lo e se não houver ninguém para dizer, pode-se pedir para uma outra pessoa.
6 – Visite nossa sessão Ciclo da Vida para mais detalhes, em Falecimento e Luto
7 – Rabi Moshê Isserles, o Ramah, em seu destaque sobre o Código da Lei Judaica, Orech Chayim 132:2; Pri Eitz Chayim, Shar Hakadeishim. Veja o Rebe, Rabi Menachem Mendel Schneerson, de abençoada memória, Igrot Kodesh, vol. 10, carta 3260.
8 – Veja Rabi Shneur Zalman de Liadi, ibid. 54:4. Muitos também o dizem fora do contexto da prece quando completa o Tratado de Mishnah, Talmud, série de versículos ou Lei Judaica. Outros dizem ao completar o Talmud o kadish que é encontrado ao final do Talmud.
9 – Veja Maimônides, ibid.

     
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