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  Shabat: Nosso Detox Semanal  
 
Por Rabino Ilan Stiefelmann – Lubavitch Copacabana
 

Um estudo realizado na década de 1950 causou perplexidade nos meios médicos. Em Roseto, uma cidade da Pensilvânia formada por imigrantes italianos, constatou-se que era extremamente raro alguém com menos de 65 anos de idade ter algum problema de coração.

Tratava-se da década anterior ao advento dos remédios que reduzem o colesterol e das rigorosas medidas de prevenção de problemas cardíacos. Os infartos constituíam uma epidemia nos Estados Unidos - eram a principal causa de mortes em homens com menos de 65 anos. E naquela cidade a incidência era 50% menor que em outra partes do país, mesmo entre os mais velhos.

Diante desses resultados, uma equipe composta de médicos e sociólogos foi formada, para tentar descobrir o mistério de Roseto, liderada pelo Dr. Stewart Wolf, especialista em estômago e digestão, e o sociólogo John Bruhn, da Universidade de Oklahoma. A primeira suspeita recaiu sobre a alimentação, mas logo constatou-se que os habitantes da cidade tinham o mesmo hábito de ingerir comidas bem gordurosas que os do resto do país, e para piorar não faziam exercícios físicos.

Analisando os componentes genéticos, a equipe rastreou parentes vivendo em outra regiões e concluiu que eles apresentavam os mesmos índices elevados de doenças coronarianas que os demais habitantes do país. O solo da cidade, e até a água, foram analisados, e nada de diferente foi encontrado. Até que resolveu então investigar o estilo de vida dos cidadãos.

Foi ai que o verdadeiro motivo foi descoberto. Nessa cidade do interior as pessoas eram muito sociáveis - as pessoas interagiam entre si, parando para conversar nas ruas ou cozinhando umas para as outras nos quintais. Havia muitas padarias, muito movimento social, as pessoas subiam e desciam as ruas, sentando-se nas varandas para conversar umas com as outras. Em muitas casas três gerações moravam sob o mesmo teto - e havia um grande respeito pelos avós. A cidade, de cerca de 2.000 habitantes, contava com 22 organizações cívicas. Havia um espírito igualitário particular na comunidade, que desestimulava os ricos a ostentar o sucesso e ajudava os malsucedidos a encobrir seus fracassos.

A conclusão da equipe foi que as pessoas eram saudáveis por causa do lugar onde viviam, do mundo que haviam criado para si mesmas naquela minúscula cidade no meio das montanhas.

Quando li sobre isso fiquei muito feliz em constatar que o povo judeu é abençoado semanalmente com um grande presente chamado Shabat. Não tem nada mais prazeroso e agradável de que uma refeição de Shabat com a família e amigos. Sei de muitas famílias que se mantiveram unidas e felizes graças a esta tradição.

Quem ainda não assumiu essa prática não faz ideia do que está perdendo, espiritualmente e até fisicamente. Uma verdadeira "curtição" familiar! Presenteie o conceito do Shabat à sua vida e à vida de seus familiares. Estou certo de que essa será uma experiência semanal positiva para o coração de todos!

 

 

 
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